
E eu fiquei muito sentido no momento em que tive conhecimento que dois elementos de um corpo de bombeiros “obrigaram” o meu tio, um doente oncológico, cardíaco e com a estrutura óssea em plena degradação, a descer, numa situação de emergência, pelo seu próprio pé, as escadas de um terceiro andar.
O trajecto, penoso e sofrido – não só para o doente como para os que o acompanharam – foi o último que fez da sua residência, perante a insensibilidade e rudez daqueles que se disseram bombeiros.
E porque acredito nos Bombeiros. Nos verdadeiros. Nos que têm formação e que servem uma causa. Solicitei auxílio a um outro corpo de bombeiros para transportarem o meu tio na sua derradeira viagem. Desta vez, do hospital para uma unidade de saúde particular, onde viria a falecer.
A postura destes Bombeiros, o profissionalismo, a amabilidade, e o seu empenho e desempenho, provocaram um grande orgulho e surtiram, em mim, uma grande vontade em ser sócio dos Voluntários de Cascais.
Certamente, compreenderão que em relação ao corpo de bombeiros dos primeiros elementos, não terei a mesma simpatia e,recordo que basta uma nódoa para manchar o melhor pano.
Pensem nisso, se quiserem!
João Paulo Teixeira