Cristas e Coelho, como manda a ordem do bom comportamento social, uniram-se, mais uma vez, no pedido de demissão de responsáveis políticos de mais de uma dezena de países.
Depois das críticas esganiçadas à Protecção Civil portuguesa e ao combate aos incêndios deste ano, em que Cristas e Coelho pediram as cabeças do Primeiro-Ministro, da Ministra da Administração Interna, do Secretário de Estado da Administração Interna, do Presidente da ANPC, do Comandante Nacional, dos Comandantes Distritais (pelo menos de alguns), dos Comandantes dos Bombeiros e até dos próprios Bombeiros, eis que a acção das autoridades americanas, francesas, holandesas, cubanas, dominicanas, e outras tantas, merece a crítica dos principais líderes da oposição portuguesa.
Ouvidos, ao mesmo tempo, pelo «Boca» d’ Incêndio, Cristas e Coelho criticam “a falta de demissões perante a catástrofe protagonizada pela inacção dos serviços lá do sítio e que permitiu a morte de dezenas de pessoas e o alagamento e destruição de múltiplas cidades e ilhas.” Segundo o dueto, “não é possível que perante isto ninguém se demita, que ninguém assuma as suas responsabilidades, a começar por Donald Trump e continuando pelos responsáveis cubanos, que aprenderam claramente com o PC português”.
Confrontados pelo «Boca» d’ Incêndio com o facto de as forças da natureza serem incontroláveis, Cristas e Coelho afirmaram que “se os responsáveis políticos e os serviços de protecção civil tivessem sido competentes, tudo seria minimizado e as praias de Miami e as estâncias paradisíacas do Caribe ainda estariam em condições de nos receber nestas férias. Onde vamos agora passar uns dias? Ainda para mais já tínhamos os bilhetes. Agora, lá teremos de ir para a praia de Carcavelos aturar os pobretanas que ajudámos a criar. É inconcebível!”
O «Boca» d’ Incêndio tentou falar com mais intervenientes, mas foi impossível arranjar tempo devido à agenda eleitoral em voga nesta altura.