Rede de comunicações de emergência continuava esta terça-feira com falhas em várias regiões. INEM também sofreu constrangimentos.
A rede SIRESP voltou a falhar em situação de emergência. Mais de 24 horas após o apagão, a rede de comunicações de emergência do Estado funcionava esta terça-feira com falhas nos comandos da PSP de Bragança, Braga, Porto, Portalegre e Coimbra, no INEM, e em corporações de bombeiros da região Norte. No dia do apagão, só 8 horas após a falha de energia em Portugal continental, é que a Proteção Civil emitiu o alerta laranja, numa altura em que a eletricidade já estava a ser reposta em vários locais do País.
“Foi emitido às 19h30 um Comunicado Técnico Operacional de incremento do Estado de Alerta Especial para nível laranja, para aumento da capacidade de resposta operacional, face ao previsível aumento de ocorrências no período da noite e madrugada”, explicou esta terça-feira a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Ou seja, só após 8 horas de caos nas cidades e de falta de sistemas de comunicação, é que a ANEPC emitiu um alerta para os bombeiros, que, entre as 11h30 e as 20h00, responderam a mais de 2200 ocorrências a nível nacional.
Também o INEM sofreu constrangimentos, tendo ficado por atender 100 chamadas na segunda-feira, que acabaram por ser recuperadas pelo sistema de ‘call back’ do instituto. Ao longo do dia, foram recebidas 4576 chamadas e ativados 3877 meios de socorro. Esta terça-feira, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, reconheceu as falhas do SIRESP – que já falhou noutras situações, como nos incêndios. “O SIRESP não funcionou a 100%, teve falhas. Mais uma vez. Andamos há décadas a falar do SIRESP e o SIRESP teve falhas.” Sobre o INEM, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu que “não ficou ninguém por socorrer”.
Na semana passada, o Governo decidiu suspender a extinção da empresa que gere o SIRESP, atribuindo a esta entidade uma indemnização até 19,5 milhões para que continue a funcionar este ano
Fonte: Correio da Manhã