Investigadores na Alemanha estão a estudam um método para o usarem de routers Wi-Fi interligados para fornecer um sistema de comunicações de serviços de emergência caso a rede móvel falhe.
Em muitos países, dizem os cientistas, os routers são muito comuns nas cidades e podem ser usados pelos Corpos de Bombeiros, GNR e pela polícia isto se, as antenas das redes móveis falharem
“Com uma cobertura de 30 metros, uma rede poderia ser facilmente construída em áreas urbanas”, explicou a equipa, cujo modelo matemático foi publicado no periódico Internacional Journal of Mobile Network Design and Innovation.
Os cientistas sugerem que os routers incorporem um “controle” de emergência que os socorristas podem ativar para montar uma rede de suporte, oferecendo-lhes links de dados e voz na internet.
Segundo o estudo, isto pode ser feito facilmente sem impedir os usuários ou invadir a sua privacidade. Muitos routers já usam um modo “hóspede”, ou seja, um canal suplementar que permite aos visitantes usarem um Wi-Fi doméstico.
“Este controle de emergência habilitaria um modo hóspede que, de um lado, protege a privacidade das pessoas e, do outro, disponibilizaria as comunicações existentes para os socorristas”, destacou o artigo.
Kamill Panitzek, um dos pesquisadores, e os seus respetivos colegas da Universidade Técnica em Darmstadt, oeste da Alemanha, caminharam no centro da cidade para localizar routers Wi-Fi, sem invadir a privacidade.
Numa área com apenas 0,5 kms quadrados, usando um aplicativo Android para localizar as redes sem fio, eles encontraram 1.971 routers, dos quais, 212 eram públicos, significa que não são protegidos por senha.
Para o grupo, a grande densidade significa que uma rede de emergência poderia utilizar routers vizinhos, dando aos socorristas acesso à internet e contato com seus quartéis.
FONTE: Bombeiros.pt/Terra.com.br