Tornado com três quilómetros de diâmetro fez 91 mortos, incluindo 20 crianças, e mais de 200 feridos. Autoridades norte-americanas alertam para a possibilidade de se pode formar um novo tornado nas próximas horas.
Um tornado de grandes dimensões deixou um rasto de destruição nos arredores de Oklahoma City, no Sul dos Estados Unidos. A Renascença falou com Luís Neves, um português que trabalha e vive em Norman, a sul de Moore, que descreve muita destruição.
“É um cenário desolador. Fala-se até que este seja um tornados mais violentos que há memória: com um raio de duas milhas [cerca de três quilómetros] e teve uma velocidade muito lenta e por isso tenha causado estragos muitos maiores do que o habitual”, disse o investigador na Universidade de Oklahoma, acrescentando que tanto quanto sabe não há portugueses entre as vítimas. Agora, vai tentar contactar os seus amigos e saber se estão bem.
Luís Neves revelou que as autoridades já lançaram alertas: estão a recolher donativos – alimentos, roupas e água – para os desalojados e a aceitar inscrições de voluntários, que vão participar em acções da Cruz Vermelha.
As autoridades norte-americanas estão a alertar a população para a possibilidade de se poder formar um novo tornado nas próximas horas.
O tornado, que segunda-feira fustigou a zona durante 45 minutos, foi provisoriamente classificado como EF-4, o segundo nível mais elevado, numa escala que vai de zero a cinco, embora esteja muito perto do nível mais alto – o nível EF-5 começa nos 322 km/h.
Ventos de 320 quilómetros por hora destruíram auto-estradas, arrancaram telhados, arrasaram bairros inteiros, arrastaram carros e provocaram incêndios em várias zonas da cidade de Moore, onde vivem mais de 170 mil pessoas.
Barack Obama já declarou o estado de emergência no estado, de forma a acelerar a ajuda às populações.
Em 1999, diz a Reuters, um tornado causou a morte a 36 pessoas em Moore, cidade que volta agora a ser atingida.
FONTE: RR