O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou nesta terça-feira no Parlamento que “executa mais” do que é legalmente obrigado em relação às corporações de bombeiros. E justificou com o adiantamento de uma verba de 154 mil euros aos bombeiros de três corporações do Algarve.
“Executamos até muito mais do que aquilo que estávamos obrigados contratualmente a fazer em relação às corporações de bombeiros”, disse o ministro.
Em audição na comissão de Agricultura e Mar, com o propósito de fazer um balanço sobre o dipositivo de combate aos incêndios florestais na Madeira e no Algarve, o ministro afirmou que já foi transferida uma verba extra de 154 mil euros para as corporações de bombeiros de Tavira, São Brás de Alportel e Albufeira. Este “adiantamento”, segundo o governante, deveu-se à gravidade e à extensão da área ardida no Algarve entre os dias 18 e 22 de Julho.
“O ministério da Administração Interna não deve, em relação às corporações de bombeiros, nada do ponto de vista financeiro. Temos feito tudo para que se responda prontamente às dificuldades”, argumentou.
Depois de enumerar os meios que estiveram disponíveis no combate aos fogos do Algarve, o ministro lembrou que o Inverno particularmente seco, e com médias de precipitação abaixo do normal, tornou as condições da floresta mais adversas. Mas acenou com mais 48 equipas e 114 elementos no teatro de operações face a 2011.
“Os meios existem, a dimensão deste tipo de incêndios e a forma como eles se propagam são muito fruto da falta de trabalho prévio que durante décadas o país não fez neste domínio”, justificou.
Miguel Macedo prometeu ainda fazer uma “avaliação mais extensa, mais transversal e mais completa“ do que aquela que foi feita no final da época de fogos de 2011.
Foto: Miguel Macedo (Nuno Ferreira Santos/Arquivo)
Fonte: Público