O ministro da Administração Interna apelou hoje à população para ter «especiais cuidados» em relação aos incêndios e explicou que o pedido de apoio do Mecanismo Europeu de Protecção Civil visa evitar que faltem meios no combate aos fogos.
«Eu redobro o apelo para que as pessoas tenham especiais cuidados até quinta ou sexta-feira, que é quando temos reportado em termos de condições meteorológicas as situações mais difíceis», afirmou Miguel Macedo, no Funchal, no final da sessão solene comemorativa do 134.º aniversário do Comando Regional da Madeira da PSP.
Na ocasião, o governante expressou «uma palavra de incentivo aos milhares de bombeiros que, sobretudo há 48 horas, têm travado um combate muito intenso com as chamas em algumas zonas».
Manifestando preocupação e garantindo estar «sempre em ligação com um conjunto de situações muito difíceis que ontem [domingo] e hoje estão a acontecer no país», Miguel Macedo adiantou que «já foram solicitados mais meios para fazer face a essas ocorrências». No entanto, «tem sido muito, muito, muito difícil, algumas das situações que temos enfrentado», ressalvou.
Questionado sobre o pedido de apoio do Mecanismo Europeu de Protecção Civil, o ministro começou por referir o incidente desta manhã com um dos helicópteros pesados, no concelho de Ourém.
“Ficámos sem menos um dos meios pesados de combate aos fogos e, nessa medida, hoje, em conversa com o secretário de Estado [da Administração Interna], depois de ele ter estado reunido com a Protecção Civil, entendemos que devíamos accionar os mecanismos que estão previstos e que são normais de cooperação para esta situação”, esclareceu.
Segundo Miguel Macedo, o pedido tem em conta a situação actual – às 16 horas estavam em curso 18 fogos considerados preocupantes – e «aquela que é previsível acontecer até quinta, sexta-feira desta semana», tanto quanto «é reportado pelos responsáveis da meteorologia».
«Não queremos, evidentemente, que do ponto de vista dos meios materiais e dos meios aéreos para o combate às situações que temos tido falte alguma coisa ao sistema de Protecção Civil», justificou o ministro da Administração Interna.
Entretanto, após o incidente com o helicóptero em Ourém, do qual resultaram dois feridos ligeiros, a Protecção Civil anunciou que «as causas do acidente serão apuradas pelas entidades nacionais com competência em matéria de investigação de acidentes com aeronaves».
Numa nota hoje divulgada, a Protecção Civil adianta que o acidente ocorreu «enquanto o helicóptero, propriedade da Empresa de Meios Aéreos do Estado (EMA) e integrante do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), procedia a uma operação de enchimento do balde num ponto de água próximo do incêndio».
Também a EMA divulgou durante a tarde um comunicado em que diz que «deixa para mais tarde, e após avaliação, mais informações sobre a ocorrência».
FONTE: LUSA