O presidente da união de freguesias do Centro Histórico do Porto, onde se inclui a zona da Sé, alertou, esta sexta-feira, para a necessidade de uma intervenção “urgente” nas acessibilidades para que incêndios como o de hoje não tomem maiores proporções.
O próprio chefe dos sapadores, Joaquim Teixeira, lamentou as “dificuldades ao acesso ao local” que fez com que os bombeiros demorassem “cinco minutos” a chegar, tempo que considera ser “muito”.
Acrescentou que um dos veículos necessários ao combate às chamas não conseguiu chegar ao local do incêndio por causa de um veículo mal estacionado.
Também o presidente da união das freguesias, António Fonseca, confirmou que “os bombeiros tiveram dificuldades em chegar ao local, não só pelas acessibilidades mas também por causa dos carros mal estacionados”.
“Houve um foco de incêndio que podia ter sido muito grave”, alertou o autarca perante as “dificuldades dos bombeiros”.
O incêndio que deflagrou esta tarde no quarto de um edifício de três andares na Rua dos Pelames, na zona da Sé do Porto, provocou um ferido ligeiro, uma mulher que foi transportada para o hospital de São João, no Porto, com “queimaduras num braço”, contou a filha da vítima.
“A minha mãe estava sozinha em casa. Não sabemos o que aconteceu, apenas que o fogo começou no quarto. A sorte da minha mão foi os vizinhos perceberem o que estava a acontecer e a terem ajudado a sair. Caso contrário, acredito que as coisas teriam sido muito piores”, explicou a mulher, que entretanto foi informada de que não iria poder regressar a casa uma vez que estava imprópria para habituar em virtude da água.
“A Câmara já nos veio oferecer ajuda para nos realojar. Mas nós vamos ficar em casa de familiares até que isto fique resolvido”, afirmou ainda.
No local estiveram três viaturas dos sapadores bombeiros e duas dos bombeiros voluntários do Porto.
(Fonte: JN)