O período “excepcional” de chuvas fez crescer a vegetação fina, o que pode resultar num “Verão muito complicado”, avisa director do Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais.
O director do Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais, Domingos Xavier Viegas, teme que a época de incêndios deste ano possa ser ainda mais complicada do que a anterior. Para o especialista no comportamento do fogo, existe o sério risco das florestas chegarem ao Verão com bastante matéria combustível.
No dia em que arrancou a fase Bravo de combate aos incêndios, Xavier Viegas diz à Renascença que o problema está na chuva intensa que caiu no Inverno e, até mesmo, na Primavera em que ainda nos encontramos.
“Os estudos mostram que quando chove muito no Inverno e na Primavera, como foi este ano, dá-se, normalmente, um crescimento exagerado da vegetação fina, que é a base combustível” dos incêndios, diz o professor da Universidade de Coimbra.
“Foi o que aconteceu em 2013”, uma das piores épocas de incêndios dos últimos dez anos, lembra.
Xavier Viegas considera que, “em certa medida, as condições de 2014 são ainda piores”, visto que a “precipitação total foi superior à do ano passado”. Por isso, “é de esperar, se vier um tempo quente e não chover, um Verão muito complicado”.
O especialista prevê “muita vegetação herbácea e muita vegetação fina no terreno”, a qual, “se não for cortada, se não for eliminada, pode ficar disponível durante o Verão”, o que pode facilitar a “propagação dos fogos”.
(Fonte: RR)
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