
Emanuel Oliveira, numa análise ao Potencial de Propagação do incêndio de Oleiros, alerta para o retorno potencial de incêndios na região de Castelo Branco e a evolução potencial deste incêndio de Oleiros.
Emanuel Oliveira é um dos mais conceituados analistas do fogo em Portugal e pertence, actualmente, ao Observatório Técnico Independente (OTI) que tem acompanhado e aconselhado o parlamento sobre medidas a tomar no combate a incêndios florestais.
Como forma de auxiliar os operacionais no terreno, ele partilhou hoje a partir da sua página do Facebook uma análise muito pormenorizada daqueles que poderão ser os perigos maiores do grande incêndio que afecta a região centro, entre os concelhos de Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, onde já temos a lamentar a morte de um bombeiro de Proença-a-Nova.
De acordo com a leitura de dados e de “focos ativos detetados pelo sensor VIIRS este incêndio tem cerca de 4 500 hectares e 36 km de perímetro”, afirma Emanuel Oliveira.
Desta forma, Emanuel Oliveira alerta para a “probabilidade de abertura” do Flanco Leste, o flanco mais activo, e para a possibilidade de ocorrência de “comportamentos convectivos pontuais”.
Para além desta informações, é importante atentar nas “zonas de alinhamento 3/3” (zonas onde se conjugam condições de vento, exposição e declive) onde a capacidade de extinção pode ser superada.
Contactado pelo Portal Bombeiros.pt, Emanuel Oliveira explicou que “Em zonas expostas com combustíveis ligeiros e médios (herbáceas e matos) e secos, a velocidade de propagação poderá superar a capacidade de extinção, podendo ocorrer focos secundários por lançamento de projeções”.