O homem, de 41 anos e nacionalidade alemã, que estava próximo da Praia de Monte Clérigo, na costa vicentina, não tinha possibilidade de sair sozinho de onde foi parar devido à ondulação
Um surfista alemão, de 41 anos, foi resgatado, ontem (7 de Outubro), cerca das 13.20, pela equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Aljezur, após ter sido arrastado pela ondulação marítima para o interior de uma furna no sítio do Barbião/Ponta Alta, perto da Praia do Monte Clérigo, naquele concelho do barlavento algarvio, e de onde já não conseguia sair sozinho.
O alerta foi dado às 11.48 por um dos amigos, também surfistas, ao avisar as autoridades de que aquele indivíduo estava em “dificuldades” junto a uma zona de rochedos, disse ao DN o comandante dos portos de Portimão e Lagos, Santos Pereira. Um pescador, que se encontrava na zona, indicou até que o surfista tinha “entrado numa gruta”. Já próximo do local e sob a coordenação de três agentes da Polícia Marítima, um dos elementos da equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Aljezur depois de ter descido até cerca de dez metros nas arribas para efetuar o reconhecimento, conseguiu visualizar a vítima no interior da gruta.
“Encontrava-se um pouco assustado, com alguma angústia. O socorrista acalmou-o ao dizer-lhe que iria sair dali”, contou ao DN Mário Costa, comandante da corporação dos bombeiros. Foi, então, que os onze elementos da equipa que se deslocaram à zona, com o apoio de três viaturas, montaram o equipamento de resgate, acabando por “retirar do local o surfista através das falésias”.
“É sempre uma operação demorada para poder garantir a necessária segurança. O facto de o surfista ter sido arrastado pela ondulação tornou a situação mais complicada, já que a vítima estava numa área de difícil acesso com rebentação do mar. Os socorristas que desceram ao local ficaram encharcados”, acrescentou Mário Costa. Aquele responsável dos Bombeiros Voluntários de Aljezur aconselha os surfistas a terem “cuidado para evitar rochas”, onde os acidentes acabam por ser mais graves.
A operação para o resgate da vítima durou cerca de duas horas. Apesar de ter ferimentos considerados ligeiros, recusou ser levado para o Hospital.
Fonte: DN por José Manuel Oliveira