O Corpo de Bombeiros recebeu nesta sexta-feira (14/2) um veículo de combate a incêndio com tecnologia inédita baseada em jatos de dióxido de carbono (CO2) vaporizado, mantido liquefeito à baixa temperatura. O projeto foi desenvolvido pelo Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em parceria com a empresa Cdiox Engenharia, e atua com descarga massiva de CO2 em estado líquido, à baixa temperatura e alta pressão. O veículo será testado nas próximas semanas em situações reais de combate a incêndio e a expectativa é de que a tecnologia seja capaz de controlar as chamas em tempo menor que os tradicionais caminhões-pipa. Além disto, o equipamento é uma alternativa eficaz para debelar incêndios em locais sensíveis ao uso da água, como museus, bibliotecas e igrejas, que abrigam obras de arte e patrimônios históricos, e também centros de processamentos de dados e centrais de telefonia, cujos equipamentos se danificam com a ação da água.
– Esta nova tecnologia se apresenta como um divisor de águas na história do combate a incêndios, cujo procedimento é mais simplificado e oferecerá mais segurança para os bombeiros que vão operar o equipamento. Ajudará a salvar vidas, combater incêndios e a minimizar danos em locais que preservam patrimônios históricos – explicou o secretário de Defesa Civil e comandante dos Bombeiros, coronel Sérgio Simões, durante a solenidade de demonstração do novo caminhão, que aconteceu no Complexo de Ensino Coronel Sarmento do Corpo de Bombeiros, em Guadalupe.
Quatorze bombeiros receberam treinamento prático para operar o veículo, que tem capacidade para conduzir de 12 a 20 toneladas de CO2. A quantidade mínima já é considerada suficiente para controlar incêndios em casas e escritórios.
Orçado em R$ 5,5 milhões, o projeto foi financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e contou com o apoio da empresa White Martins, que customizou o caminhão para o uso da tecnologia.
– A tecnologia tem capacidade para atingir locais de difícil acesso e pode ajudar a conter incêndios em comunidades situadas em morros e em locais sem redes de distribuição de água – disse o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.
FONTE: http://www.rj.gov.br/