Liga dos Bombeiros quer compensação do Serviço Nacional de Saúde quando esperam mais de duas horas pela maca nos hospitais.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) pondera pedir ao INEM uma taxa de 25 euros, que poderá depois ser cobrada às administrações hospitalares, a aplicar após a 2.ª hora de retenção das macas de transporte de doentes nas urgências dos hospitais.
Esta não é uma ideia nova, admitiu ao CM a LBP. “Antes de termos assinado com a anterior direção executiva do SNS [então presidida por Fernando Araújo] o acordo que rege a Emergência Pré-Hospitalar, esta foi uma possibilidade que avançámos”, explicou Eduardo Correia, vice-presidente da LBP. No entanto, “em vez de serem aplicadas as medidas previstas no acordo para melhorar as urgências, a situação não teve melhoras, já que os hospitais continuam a reter as macas por grandes períodos”.
Assim, cada corporação de bombeiros recebe agora 21 euros pelo transporte de doentes até 20 quilómetros do quartel, e um acréscimo de 58 cêntimos por cada quilómetro percorrido. Mas, defende a LBP, “em causa está o prejuízo sofrido pelas esperas enormes dos bombeiros nas urgências, e a influência negativa no socorro às populações”. “Se a situação não melhorar, ponderamos pedir essa taxa [25 euros por cada hora de não devolução das macas]. Sabemos que o INEM não tem culpa, mas é a entidade requisitante do serviço”, concluiu Eduardo Correia.
Fonte: Correio da Manha – Miguel Curado (Jornalista)