Os bombeiros de Favaios inauguram o novo quartel a 17 de fevereiro, um investimento de 890 mil euros incluído num conjunto de intervenções a decorrer no distrito de Vila Real para a melhoria das condições dos voluntários.
No distrito de Vila Real está em curso um avultado investimento na construção ou requalificação de quartéis.
Fernando Queiroga, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real, disse hoje à agência Lusa que estas obras “são aspirações antigas” e representam um investimento de vários milhões de euros, que se “justifica” apesar da época de crise que se atravessa.
“Não podemos ter tudo em todo o lado, mas pelo menos o mínimo de dignidade para que os nossos bombeiros tenham o necessário”, salientou.
Em 2012, no distrito, foram inauguradas as obras de requalificação dos edifícios dos bombeiros de Peso da Régua e da Cruz Verde, no concelho de Vila Real.
No domingo, foi a vez da Cruz Branca, também em Vila Real, inaugurar o novo quartel que resultou de uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, no valor de 1,25 milhões de euros, comparticipada em 85%.
Agora, para fevereiro, está prevista a entrada em funcionamento do novo edifício dos bombeiros de Favaios.
“Nós vivíamos em 80 metros quadrados e era impossível continuar a viver lá”, afirmou Joaquim Barros, presidente da Direção dos Bombeiros de Favaios.
No velho edifício, os espaços são exíguos, as camaratas não possuem condições e só há espaço para aparcar duas das nove viaturas da corporação.
Joaquim Barros referiu ainda que o quartel antigo já foi vendido e que a verba resultante do negócio servirá para ajudar a pagar o investimento no novo edifício.
Esta obra contou ainda com um apoio financeiro da Câmara de Alijó e da Adega de Favaios.
Depois, em março, será a vez, segundo Fernando Queiroga, da corporação de Murça ver concluída a ampliação e remodelação do edifício, cuja obra tem um valor estimado de 420 mil euros.
Entretanto, também os bombeiros de Salvação Pública de Chaves contarão com uma nova casa, seguindo-se Sabrosa e Vila Pouca de Aguiar.
Tal como em outras regiões do país, também as corporações de Vila Real sentiram um aumento das dificuldades financeiras por causa das alterações ao financiamento do transporte de doentes.
“A grande fonte de receitas que tínhamos era a questão da saúde e com estas alterações sofremos muito e tivemos quebras muito significativas. Mas, vamo-nos adaptando”, salientou Fernando Queiroga.
Em 2012, a corporação de São Mamede de Ribatua fechou as portas.
O responsável disse que existem ainda “duas ou três corporações que não estão muito bem”. “Estão a tentar, com alguma engenharia financeira, salvarem-se, mas não está a ser fácil, salientou.
FONTE: Jornal da Madeira