Dois comboios, entre eles um comboio Intercidades que seguia no sentido Lisboa/Porto e um comboio regional que viajava entre Coimbra/Figueira da Foz, chocaram ao início da noite na Granja do Ulmeiro, em Soure, em Coimbra. Há pelo menos 11 feridos ligeiros, de acordo com a Proteção Civil, estando a proceder-se a uma busca secundária em busca de mais vítimas. O INEM, a Protecção Civil e os bombeiros têm “muitos meios para o local”, de acordo com o repórter da RTP, Cláudio Calhau. Os hospitais de Coimbra estão em estado de alerta. O choque provocou um enorme número de destroços, “comboios na horizontal mas também na vertical”, como descreveu a situação o jornalista da Antena 1, Pedro Ribeiro.
Uma passageira que estava no Intercidades que seguia para o Porto falou à RTP quando estava a ser transportada para o Hospital de Coimbra,imobilizada numa âmbulância.
Patrícia referiu que a carruagem em que viajava estava “muito cheia”, e que os passageiros ficaram presos na carruagem devido às portas encerradas após o choque.
Quando foi retirada da carruagem em que seguia, Patrícia viu “feridos” e destroços a toda a volta quando saiu do comboio, vendo uma composição, perto, como um “bocado de papel, embrulhado”.
O comboio não travou mas “embateu em algo”, afirma a passageira que não sentiu nenhuma travagem.
Outra testemunha, Mariana Carrilho, moradora próxima do local onde se deu o acidente, afirma que, ainda antes da chegada dos bombeiros viu pessoas a sair das carruagens sem problemas e um “senhor a tentar partir um vidro”, para ajudar uma pessoa que estava fechada dentro de uma carruagem. “Sem sucesso”, o vidro só partiu depois da chegada dos bombeiros.
“Aqui é uma zona onde há mudança de linhas” e houve quem achasse “estranho estar a demorar tanto tempo a mudança de linhas,” acrescentou Mariana entrevistada por Cristina Esteves no Grande Jornal da RTP.
De acordo com esta testemunha, foi o comboio Intercidades que colidiu com a composição regional, que estava parada na linha à espera do realinhamento das linhas.
As autoridades chegaram rapidamente ao local, afirmou ainda outra testemunha, Rui Roque.