
Foi já no passado mês de Abril que a polémica rebentou no estado do Novo México, nos Estados Unidos da América, quando uma foto de uma mulher vestida com o equipamento de bombeiro a amamentar terá originado um processo disciplinar ao marido (bombeiro) dessa mulher.
O bombeiro alvo do processo pertence ao Departamento de Bombeiros de Las Cruces, no estado americano do Novo México.
Perante a polémica, a autora da fotografia, Tara Ruby, critica a postura do Departamento de Bombeiros e da própria cidade de Las Cruces, acusando-os de serem “opositores à amamentação”. Segundo ela, “a mensagem que queria transmitir é a de que uma mulher, uma mãe, pode trabalhar e pode amamentar o seu filho sem prejuízo para ninguém”, acrescentando que esta mulher na fotografia representa “todas as mulheres que são bombeiras e que estão a amamentar” e que, por isso, são discriminadas.
Na defesa que faz à família desta mulher, Tara Ruby adianta que nada nos regulamentos internos do Departamento de Bombeiros impede a utilização do fardamento para estes fins, tal como acontece no caso dos Bombeiros Portugueses, não percebendo por isso a existência do processo disciplinar ao bombeiro.
Este caso tem sido acompanhado com grande atenção nos Estados Unidos por representar um entrave à natalidade e ao direito dos cidadãos (homens e mulheres) a conciliar o emprego e a família. Em Portugal, onde esta conciliação é também difícil, o que aconteceria se uma bombeira amamentasse publicamente o seu filho fardada?
Fica a pergunta para um salutar debate.