Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que, no Conselho de Ministros temático desta quinta-feira, foi debatida e apreciada “aquilo que é uma estratégia nacional” de ordenamento do território, que visa “prevenir mais do que combater os fogos florestais”.
Em cima da mesa estiveram dois diplomas polémicos: o Programa Nacional de Ação do Plano de Gestão Integrada de Fogos Rurais e o regime jurídico de arrendamento forçado, muito contestados pelo setor agroflorestal.
No final do encontro, presidido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa pediu “solidariedade estratégica“, recordando a “tragédia de 2017” e o “flagelo dos incêndios” que, ao longo de “sucessivos tempos históricos, fustigou milhares de portugueses”.
Por isso, acrescentou, foram aprovados, neste Conselho de Ministros, vários diplomas, mas também uma estratégia de prevenção, de Ordenamento do Território. “Trata-se de uma estratégia que arrancou em 2017 e é de longo prazo, visando 2030“, sublinhou, relembrando que, tal como nos mostra esta quinta-feira, em que se assinalam 20 anos da queda da ponte de Entre-os-Rios”, é fundamental juntar todos os portugueses em torno da mesma estratégia. “Não há nada como prevenir para não ter de remediar”, sublinhou.
Na mesma linha de pensamento, António Costa reforçou o apelo à concertação na prevenção dos incêndios. “Se queremos ter uma floresta resiliente, temos de agir nos elementos estruturais”, referiu, realçando que “a reforma da floresta tem de ser um combate nas próximas décadas“.
No final da intervenção, o primeiro-ministro entregou um bonsai a Marcelo Rebelo de Sousa, “como exemplo do que precisamos de ter: uma floresta que perdure”.
“Tenho a certeza de que o senhor Presidente da República vai assegurar a continuidade daquilo que é uma aposta estratégica do pais”, afirmou.
O chefe de Estado foi convidado a presidir ao Conselho de Ministros temático sobre florestas, que decorreu esta quinta-feira de manhã em Monsanto, Lisboa.
António Costa convidou também Marcelo Rebelo de Sousa para um almoço, em São Bento, para assinalar o fim do primeiro mandato do Presidente da República.
De recordar que, há cinco anos, António Costa também convidou o então Presidente da República, Cavaco Silva, em fim de mandato, para presidir a um Conselho de Ministros, que se realizou seis dias antes de Marcelo Rebelo de Sousa lhe suceder nas funções de chefe de Estado.
Fonte: Jornal de Noticias