A versão oficial sobre a saída do Comandante dos Sapadores Bombeiros de Lisboa e que será comunicada ao Exército – uma vez que se trata de um regimento – é que a comissão de serviço foi cessada a pedido do próprio. No entanto, fontes dos bombeiros garantiram ao i que há outras explicações para esta saída, que não só afastam o comandante, como o outro elemento do comando, a adjunta técnica, Conceição Vieira. A ruptura foi provocada pelo clima de tensão existente nos últimos tempos com o pelouro municipal que tutela a Protecção Civil. Estes problemas não terão sido ultrapassados com a chegada do novo vereador, Carlos Manuel Castro, que tomou posse o mês passado. Contactada ontem, a Câmara Municipal de Lisboa não respondeu até ao fecho desta edição.
O novo comandante já foi escolhido e tomará posse na próxima segunda-feira.
Ao i várias fontes garantiram que esta saída tem em conta a vontade de mudança da tutela camarária, explicando que o vereador Carlos Manuel Castro tem um novo projecto para o Regimento de Sapadores Bombeiros, um motivo que terá estado na base deste afastamento.
Na comunicação que será feita ao Exército constará que foi o coronel Joaquim Leitão a cessar a sua comissão de serviço e, apesar da tensão com a tutela, oficialmente uma fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa garante que se tratou de um processo natural que foi feito em coordenação com a vereação.
Além do comando substituído, os Sapadores de Lisboa ficarão este ano sem dezenas de chefias que se vão reformar. Esta situação, para muitos, poderá mergulhar a instituição numa “crise profunda”, uma vez que “em causa está também a capacidade de resposta” – isto porque se trata da redução de recursos humanos com mais experiência. A saída das chefias obrigará a que sejam abertos concursos e ocorram promoções.
Fonte: Jornal i