Milhares de estruturas destruídas e pelo menos um morto fazem do incêndio que lavra, no norte de Napa, no estado norte-americano da Califórnia, o mais destrutivo desde 2007.
1,5 mil habitações e edifícios comerciais destruídos, cerca de 20 mil pessoas retiradas das suas casas, um morto e um número de feridos incalculável. Pelo menos 8,1 mil hectares ardidos, qualquer coisa como 50 vezes a área da cidade de Lisboa. É esta a contabilização – até agora – dos prejuízos do incêndio que lavra no norte de Napa, no estado norte-americano da Califórnia, desde as 22h locais de domingo (6h da manhã de segunda-feira, em Lisboa).
O incêndio considerado “explosivo” pelo comandante de batalhão dos bombeiros da Califórnia Jonathan Cox, em declarações à CNN, é um dos que mais destrutivos desde 2007. Só é, até ao momento, ultrapassado por dois incêndios no que diz respeito à destruição: o de outubro de 2003, em San Diego, que destruiu mais do que 2,8 edifícios e o de outubro de 2007 que destruiu mais do que 1,6 mil estruturas.
O governador da Califórnia, Jerry Brown, declarou esta segunda-feira estado de emergência. As chamas estão a evoluir muito rapidamente devido ao tempo quente e seco e aos ventos fortes.
“De agora em diante, com estas condições, não alcançar a frente do fogo e fazer qualquer coisa que impeça o seu progresso”, explicou o comandante dos bombeiros de Napa, Barry Biermann, à CNN.
Pelas 3h00 locais, este era o cenário que os satélites apresentavam: vários incêndios lavravam a cidade North Bay e um novo incêndio deflagrava a este de Cloverdale.
Estima-se que 20 mil pessoas foram retiradas das suas casas, de acordo com o diretor do CAL FIRE (o departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia), que acrescentou em declarações à Associated Press que há várias pessoas feridas e desaparecidas, sem especificar. Os principais hospitais falam em centenas de feridos que já receberam assistência. Os residentes de Napa relatam ainda falhas nas comunicações telefónicas e as escolas desta cidade e de Sonoma permanecem fechadas.
(Fonte: Observador)