Os três helicópteros da Administração Interna começam esta segunda-feira a operar para o INEM, juntando-se aos outros dois que o instituto aluga em exclusivo para a emergência médica, uma medida que irá gerar uma poupança de 2,5 milhões de euros por ano.
O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Miguel Soares de Oliveira, disse à agência Lusa que esta partilha tem vantagens e desvantagens, tendo em conta a dimensão dos helicópteros da Administração Interna que agora passam a atuar na área da emergência médica.
Miguel Soares de Oliveira reconhece que a maior dimensão dos helicópteros da Administração Interna pode ser uma desvantagem, pois os pilotos «têm de procurar locais de aterragem mais capazes e alargados», mas realça que «este é um exercício que os pilotos estão habituados a fazer».
Até agora, o INEM tem pago dez milhões de euros anuais pelo aluguer de cinco helicópteros estacionados em Lisboa, Porto, Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Loulé, e manterá apenas três em Lisboa, Beja e Vila Real.
Pelo uso dos helicópteros da Administração Interna, que estarão estacionados com equipa médica em Santa Comba Dão, Loulé e Ponte de Sor (de reserva, o INEM pagará um milhão de euros anuais.
Também a partir desta segunda-feira entram em funcionamento 23 Postos de Emergência Médica (PEM), os quais resultam da entrega aos bombeiros de uma ambulância de emergência médica, equipada com todo o material necessário para uma abordagem de Suporte Básico de Vida (SBV), em situações de doença e de trauma, bem como de equipamento de desfibrilhação.
O pagamento é feito consoante o número de saídas por mês: 6.000 euros por trimestre para menos de 100 saídas por mês, 7.500 euros por trimestre para entre 100 a 250 saídas por mês e 10.500 por trimestre para mais de 250 saídas por mês, apurou a Lusa.
Estes postos preveem uma formação aos seus tripulantes em técnicas de emergência, de trauma e de abordagem de doentes em situação de doença súbita.
Entre investimento em viaturas, formação e equipamento, o INEM vai investir este ano 3,5 milhões de euros.
Na prática, o número de ambulâncias aumentará cinco por cento (mais 21 viaturas), passando para 370, representando um «reforço importante da capacidade de intervenção mais diferenciada».
FONTE: TVI24