Foi já a terminar o debate sobre Protecção Civil no programa “Conferência Aberta”, emitido ontem (dia 22) pela Regiões TV, onde estiveram representantes da ANPC, Câmara de Matosinhos, Portal Bombeiros.pt e ASPROCIVIL, que Rui Silva, representante da ASPROCIVIL e também presidente da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários (APBV), lançou a pergunta: “Onde está o dinheiro para os Equipamentos de Protecção Individual (EPI) concedido pelo Governo desde o ano de 2009?”.
No final do debate, Delfina Rocha questionou os presentes sobre a existência ou não de meios suficientes para a resposta a situações de socorro ou de catástrofe. E se a resposta do Tenente-Coronel Carlos Alves foi pacífica, uma vez que referiu que “os meios são suficientes tendo em conta as necessidades expectáveis”. Rui Silva, porém, preferiu ir mais longe na avaliação e incluiu no campo dos meios os meios de protecção pessoal dos combatentes – os EPI. Neste campo, Rui Silva informou os presentes de que “as verbas libertadas pelo Governo para a compra de EPI no universo de bombeiros voluntários, desde 2009, totaliza cerca de 20 milhões de euros”, especificando que “esta verba dá cerca de 666 euros para EPI para cada bombeiro” num universo de cerca de 30 mil bombeiros voluntários. E afirmou que “gostava de saber onde estão os 666 euros” que lhe cabiam enquanto bombeiro em equipamento. “É importante dizer que as estruturas a quem o Governo entregou as verbas fizeram más compras”, referindo de seguida que as verbas que o Governo destinou este ano para a aquisição de EPI vão ser novamente entregues a quem (Liga dos Bombeiros Portugueses) delas fez uma má gestão no passado. E concluiu dizendo que “o Governo tem de saber a quem dá as verbas para a compra dos EPI” e depois analisar se esse dinheiro está a ser bem aplicado, o que na sua opinião não acontece, prejudicando severamente a segurança dos bombeiros voluntários.
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