O impacto dos cocktails Molotov lançados em confrontos entre manifestantes e a polícia no Cairo, causaram um incêndio na Academia de Ciências, situada nas imediações da praça Tahrir, no centro da capital egípcia.
Segundo a agência oficial egípcia MENA, os bombeiros tentam apagar as chamas no edifício, enquanto milhares de pessoas continuam a manifestar-se numa rua que desemboca na praça Tahrir, junto a uma das barreiras erguidas pelo exército.
Os distúrbios começaram na noite de quarta-feira, quando os manifestantes derrubaram várias barricadas colocadas na mesma rua, o que voltaram a tentar várias vezes durante o dia de hoje. Pelo menos cinco polícias ficaram feridos por pedras arremessadas por manifestantes, segundo dados do Ministério do Interior, que, porém, não refere se houve vítimas civis.
Na sexta-feira, celebram-se dois anos da revolução feita a partir da praça Tahrir e que resultou na queda do regime do presidente Hosni Mubarak. Já nessa altura, a Academia de Ciências viu-se a braços com o fogo, na sequência de distúrbios entre os revolucionários e a junta militar.
O governo egípcio pediu depois apoio internacional para restauro e obras no histórico edifício construído no início do século XX, depois da criação da academia por Napoleão Bonaparte em 1798, e que chegou a albergar 200 mil obras, entre as quais muitas raridades.
FONTE: SIC