As causas do incêndio que deflagrou esta quinta-feira num armazém na zona industrial da Varziela, conhecida como “China Town” de Vila do Conde, estão ainda por apurar e, segundo o comandante dos bombeiros envolvido no combate às chamas, será “complicado” descobri-las.
“A origem das chamas ainda está por apurar e será muito complicado chegar a alguma conclusão, porque o espaço ficou todo reduzido a cinzas”, disse em declarações à Lusa o comandante da corporação de bombeiros de Vila do Conde.
Joaquim Moreira explicou ainda que o alerta foi dado às 04h06 e, quando os bombeiros chegaram ao local, conseguiram controlar, “em menos de uma hora”, as chamas no armazém “Hao Da” — de importação, exportação e revenda de roupa, calçado e óculos – que servia também de residência ao negociante, um homem de nacionalidade chinesa.
A Varziela é um aglomerado de centenas de superfícies comerciais, a maioria detidas por pessoas originárias da China.
Na altura do acidente, “dois chineses estavam no andar superior, provavelmente a dormir, e, quando se aperceberam do incêndio, saltaram pela janela do armazém, tendo um deles ficado ferido sem gravidade”, adiantou o comandante.
Já ao início da manhã, quando o incêndio se encontrava em fase de rescaldo e numa altura em que oito bombeiros se encontravam no interior do armazém, “uma botija de gás explodiu, causando ferimentos em dois elementos da corporação”, disse ainda Joaquim Moreira.
Os homens “foram encaminhados ao hospital da Póvoa de Varzim, mas “estão bem e também livres de perigo”, explicou.
No combate às chamas estiveram as corporações de Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Maia e Trofa, num total de 47 homens auxiliados por 15 viaturas.
Ao longo do dia de esta quinta-feira, vão manter-se de vigilância do local “três bombeiros apoiados por uma viatura”, concluiu o comandante.
Este não é o primeiro incêndio que ocorre naquela zona, sendo que o mais grave ocorreu em outubro de 2009, quando uma explosão, também dentro de um armazém, fez um morto e seis feridos, um deles grave.
FONTE: CM