Rubina Leal, a vereadora da Câmara do Funchal , afirmou hoje que o município gastou cerca de 35 mil euros nos trabalhos de limpeza e reflorestação da área atingida pelo incêndio que deflagrou há seis meses no concelho.
A 19 de julho de 2012, um incêndio de grandes proporções surgiu na zona do Palheiro Ferreiro, da área de montanha a este do Funchal, tendo consumido uma área superior a 28 hectares, o que originou à retirada de centenas de pessoas.
O fogo destruiu completamente duas habitações (uma no Palheiro Ferreiro e outra na denominada estrada velha do aeroporto), outras três moradias foram parcialmente atingidas, além de uma casa em construção que ficou totalmente danificada.
Este incêndio desencadeou, segundo o presidente da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque, “a maior intervenção dos bombeiros ao longo da sua história” na região.
Rubina Leal, que detém os pelouros de Educação, Juventude, Gestão dos Mercados Municipais, Fiscalização Municipal, Inclusão Social e Promoção e Gestão Habitacional, participou hoje numa iniciativa destinada a entregar material de construção civil, eletrodomésticos e projetos de arquitetura e de redes de distribuição de água a pessoas afetadas pelo incêndio na freguesia de São Gonçalo.
A autarca referiu que foram também distribuídas 250 árvores e outras plantas destinadas a recuperar as zonas ajardinadas danificadas pelo fogo em diversos locais.
Uma das áreas ardidas foi o centro comunitário do Palheiro Ferreiro, com cerca de 920 metros quadrados, que está a ser alvo de uma intervenção para ser transformada num pomar, um projeto que conta com a colaboração de moradores e da junta de freguesia, mencionou a responsável.
“Obviamente que não são só os organismos públicos que conseguem dar resposta a estas situações de catástrofe. A intervenção que foi feita após os incêndios ainda está em curso, falamos de obras nas estruturas, no melhoramento das acessibilidades e na criação de zonas de lazer”, disse Rubina Leal, destacando a importância da colaboração de várias entidades neste trabalho de recuperação.
Em julho de 2012, cerca de 400 focos de incêndios deflagraram na ilha da Madeira, sendo os casos mais críticos os que ocorreram nos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Ribeira Brava, Calheta e Porto Moniz.
Cerca de 50 habitações danificadas, dezenas de viaturas e palheiros destruídos, centenas de animais e muitas explorações agrícolas afetados pelo fogo e uma extensa área florestal consumida pelas chamas foram algumas das consequências destes incêndios.
Fonte: SIC