No grupo parlamentar de trabalho para a Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, o presidente da APBV, Rui Moreira da Silva, mostrou uma apresentação de imagens retiradas das redes sociais da internet para mostrar os apelos para alimentar os bombeiros durante o verão.
Como exemplo da necessidade de “trabalho de casa”, o responsável referiu a antecipação de quais os restaurantes que devem fornecer as refeições.
“A relação com as autarquias muitas vezes é nula”, disse aos deputados Rui Moreira da Silva.
A falta de visibilidade nos investimentos em equipamentos individuais foi notada pelo responsável, que defendeu que “quem faz os cadernos de encargos, deve fazer a compra e entregar aos corpos de bombeiros”.
A legislação para a área dos voluntários foi caracterizada como “arcaica e ultrapassada”, lembrando, por exemplo, que aos voluntários são exigidas 70 horas de formação, mais do que a operacionais.
Citando dados recentes, o responsável indicou que existem cerca de 30 mil bombeiros, dos quais 16 mil em reserva.
“São 16 mil homens e mulheres, que tiveram necessidade de emigrar ou que o seu trabalho não permitiu fazerem a formação, que muitas vezes é fora da sua área de residência”, notou.
O presidente da associação também indicou que a lei permite mais horas de formação no início da carreira, do que nos postos de chefia.
O vice-presidente da associação, António Calinas, sublinhou faltar um estado-maior nos bombeiros e assinalou a única maneira de os bombeiros não morrerem no meio dos fogos: “não estarem lá”. Por isso, defendeu no parlamento o combate indireto às chamas, com máquinas de arrasto e com fogo controlado, em vez de ir à “cabeça do fogo”.
Para este responsável, é necessário aumentar a formação complementar para usar o combate indireto a um número suficiente de elementos por distrito para trabalharem no terreno que conhecem.
“Na generalidade o trabalho de casa não é feito e andamos a correr atrás do prejuízo”, resumiu o dirigente, garantindo que uma floresta mais ordenada facilita o combate às chamas.
O descanso fora das áreas queimadas e o planeamento logístico a nível de viaturas são outras das questões levantadas, assim como a mobilidade de elementos entre distritos.
O diretor da APBV Ricardo Correia apelou a formações feitas nas áreas de residência dos bombeiros, a um maior acautelamento das consequências de acidentes, uma vez que as “apólices de seguros, não são nada de especial”, à revisão da gestão de florestas e que a taxa municipal de proteção civil seja complementar dos orçamentos e não uma substituição.
(Fonte: Lusa/ Notícias ao Minuto)
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