Patrícia Sofia, de seis anos, já não vai ter de percorrer 26 quilómetros ao colo da mãe, ou a pé, para conseguir ir aos tratamentos de fisioterapia de que necessita.
Os Bombeiros de Albergaria-a-Velha, sensibilizados com a história, contactaram a família e ofereceram-se para tentar encontrar uma forma de resolver o problema do transporte. E, caso tal não seja possível, também uma clínica privada de reabilitação, situada em S. João de Loure, freguesia onde a menina mora, contactou o JN, disponibilizando-se para fazer todos os tratamentos da menina a custo zero.
“Consegui o meu objetivo que era ter transporte para a minha filha. Era só o que queria”, garantiu, ao JN, Alice Rodrigues, de 36 anos, mãe da “menina guerreira”, agradecendo as ajudas que surgiram.
Patrícia tinha quatro anos quando, num acidente, caiu em cima dela uma manilha de cimento. Partiu a bacia, ficou com o intestino esmagado e com o “pé pendente” (falta de força e de sensibilidade nos músculos do pé direito). A necessitar de fisioterapia três vezes por semana, tem de se deslocar a Aveiro para fazer os tratamentos. Ali, a 13 quilómetros de casa, está situada a clínica mais perto, daquelas onde as sessões são comparticipadas pelo Estado. Como Alice e o marido, desempregados, muitas vezes não têm dinheiro para abastecer o carro com gasóleo, a mulher levava a filha a pé, ou ao colo, por um tortuoso caminho que as obrigava a sair de casa às quatro da manhã, para estar na clínica às oito.
Contactada pelo JN, a Câmara de Albergaria-a-Velha recusou-se a comentar o caso, justificando a decisão com o facto de a situação da família estar “sob tutela do Juízo de Família e Menores”.
Fonte: Jornal de Noticias