A Liga Portuguesa de Bombeiros concorda com as conclusões do relatório independente sobre os incêndios de julho no Algarve, disse à agência Lusa o presidente da associação, Jaime Soares.
O documento, da autoria de do investigador Domingos Xavier Viegas, responsável pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Lousã, concluiu que houve falta de meios de combate e de aceiros, bem como falhas do comando na perceção da localização do fogo e na previsão da evolução das chamas.
«Por aquilo que vi e ouvi das palavras ditas pelo professor Xavier Viegas, percebi que aquilo que eram as nossas preocupações, aquilo que eram as nossas certezas, elas parecem-me estar contempladas no relatório apresentado ontem [segunda-feira]», afirmou Jaime Soares em declarações à Lusa.
Jaime Soares, defende uma estrutura de comando único, para uma «intervenção logo a partir do momento zero».
Os incêndios na Serra do Caldeirão, entre Tavira e São Brás de Alportel, de 18 a 21 de julho, queimaram uma área aproximada de 24.000 hectares, sobretudo espaços florestais, segundo a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC).
O relatório independente foi pedido em agosto pelo ministro da Administração Interna, que alegou que a avaliação da ANPC não apresentava «recomendações, nem eventuais medidas corretivas a adotar em ocorrências similares».
Contactada pela Lusa, uma fonte do Ministério da Administração Interna referiu que de momento ainda não está previsto qualquer comentário sobre este assunto.
FONTE: TVI24