Duas pessoas morreram e seis bombeiros ficaram feridos no domingo (23 de Dezembro), num incêndio numa subcave no Laranjeiro, concelho de Almada, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal, esta segunda-feira.
As vítimas mortais são duas mulheres, mãe e filha, de 70 e 50 anos.
As chamas, cujo alerta foi dado às 22:08, deflagraram na subcave de um prédio de quatro pisos, na Rua Padre Américo, no Laranjeiro.
Os seis bombeiros, da corporação de Cacilhas, sofreram queimaduras de segundo grau e foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.
O incêndio causou mais duas vítimas, por inalação de fumos, uma assistida no local e outra conduzida para a mesma unidade hospitalar.
As chamas, cuja origem não foi revelada, obrigaram à evacuação do prédio. A Polícia Judiciária deslocou-se ao local para recolher indícios para apurar as causas do incêndio e agentes da PSP vão permanecer junto ao prédio a fazer vigilância às casas que ficaram abertas, acrescentou a fonte da Proteção Civil.
No combate ao incêndio estiveram envolvidos 45 bombeiros, apoiados por 13 viaturas.
Duas famílias vão precisar de realojamento. Segundo o comandante dos bombeiros de Cacilhas, Miguel Silva, e o coordenador da Proteção Civil de Almada, António Godinho, o prédio, cuja subcave três ardeu na totalidade, não apresenta, à partida, danos estruturais, mas não está habitável devido ao corte de eletricidade e gás, tendo os contadores ficado destruídos devido às elevadas temperaturas atingidas.
«Houve duas famílias a precisar de realojamento: um casal e, noutro caso, um agregado familiar de quatro pessoas», disse o coordenador da Proteção Civil de Almada, António Godinho.
O mesmo responsável indicou que técnicas da assistência social estavam no local, por volta das 03:00, para «providenciar um espaço temporário para as famílias durante os próximos dias».
Segundo António Godinho, «houve casos em que os bombeiros tiveram de arrombar as portas das casas porque não estava ninguém» no interior das habitações.
«A subcave ficou completamente destruída, mas os andares de cima não sofreram danos», afirmou o comandante dos bombeiros de Cacilhas, Miguel Silva, indicando que «o facto de ser numa subcave causou muitas dificuldades de acesso».
Fonte: Tvi24