Três dos feridos do acidente ocorrido sábado em Espanha envolvendo portugueses e que provocou três mortos continuam em estado grave, segundo fonte da guarda civil espanhola, que revelou que os autocarros tinham partido de Ponte de Lima. A maioria dos passageiros teve alta hospitalar, durante a madrugada deste domingo, e seguiu viagem até ao destino.
Três portugueses morreram, este sábado à noite, na sequência de um acidente entre com dois autocarros da mesma empresa de transportes, na autoestrada A-62, em Espanha.
Ao longo da noite, uma equipa da Proteção Civil espanhola conduziu os passageiros que foram tendo alta do Hospital Rio Carrión de Palência até uma estação de serviço da autoestrada 62 de Castela, onde embarcaram no autocarro de substituição, enviada pela transportadora.
Dois pessoas, em estado considerado grave, permanecem internadas naquela unidade hospitalar, enquanto o outro ferido, também em estado grave, foi transferido para o Hospital de Vallodolid.
Nos dois autocarros viajavam 59 pessoas, na generalidade portuguesas, dado que ambos os veículos faziam o transporte de trabalhadores portugueses entre Portugal e França.
Segundo a edição do jornal “El Norte de Castilla“, as três vítimas mortais são portuguesas: dois passageiros, de 36 e 74 anos, ambos do sexo masculino, e o segundo motorista de um dos autocarros. Segundo informação disponibilizada no site do serviço de emergência de Castela e Leão, há 26 feridos, quatro deles em estado grave, que foram transportados para o Hospital Río Carrión, em Palencia.
Fonte consular portuguesa em Espanha afirmou à Lusa que um dos feridos está em “estado crítico” e que a situação está a ser acompanhada pelo Consulado, juntamente com a delegação do Governo de Castela e Leão. A mesma fonte não soube precisar de que zona do país são os passageiros. Segundo a RTP Informação, a vítima mortal de 36 anos é oriunda de Boticas.
Ao que o JN apurou, os passageiros dos dois autocarros seguiam para França e eram praticamente todos do Norte de Portugal, de localidades como Porto, Braga, Guimarães e Viana do Castelo.
O acidente aconteceu pelas 21 horas locais (20 em Portugal), no quilómetro 65 da A-62 (que liga Burgos, em Espanha, a Portugal), na zona de Torquemada, perto de Palencia, não lone do mesmo local onde, em 2008, seis portugueses morreram num acidente de viação.
De acordo com a agência espanhola EFE, as vítimas mortais são três homens, dois passageiros que viajavam nos últimos lugares do primeiro autocarro, que tinha como destino Grenoble (França), e o condutor de reserva do segundo autocarro, que viajava rumo a Nice (também em França).
Ainda segundo a EFE, a maioria dos passageiros são trabalhadores que regressavam a França depois de visitarem familiares em Portugal.
Segundo Matilde Andrade, da gerência da empresa, contactada telefonicamente pelo JN, um dos autocarros partiu sábado de Ponte de Lima.
Em declarações ao JN, disse que estava a encaminhar responsáveis da empresa para o local do acidente, mas que só durante a manhã de domingo poderia dar mais informações. “De momento, não sabemos mais nada”, disse Matilde Andrade, ainda sem perceber as causas do acidente.
A Andrade Voyages é uma empresa familiar, fundada em 1992. Com sede em Chatte, Rhone-Alpes, França, emprega 12 pessoas.
De acordo com os “media” espanhóis, os bombeiros encontraram um cenário dantesco ao chegar ao local do acidente. Havia vários feridos encarcerados e três pessoas mortas.
Os serviços de emergência espanhóis deslocaram para o local várias equipas médicas, pelo menos oito ambulâncias, além dos bombeiros de Palencia, a Cruz Vermelha, as unidades de intervenção psicológica da Proteção Civil de Espanha e a Guardia Civil.
JN