A maioria socialista de Santo Tirso aprovou hoje a atribuição de 10.500 euros para cada uma das três corporações de bombeiros do concelho, mas a oposição lamentou que tenha sido “suprimido” um “subsídio complementar” no valor de 15.700 euros.
Em comunicado remetido às redações após a reunião privada de câmara que se realizou esta manhã, a autarquia refere que foi aprovada “por maioria a proposta de atribuição de um subsídio de 31.500 euros para as três associações humanitárias dos bombeiros voluntários do concelho”, ou seja 10.500 euros para cada uma.
A autarquia garante que “este subsídio está integrado num pacote global de financiamento por parte da autarquia às corporações e que totaliza mais de 140 mil euros de apoios diretos e indiretos”.
No entanto a coligação PSD/PPM representada pelo vereador Alírio Canceles lamentou que tenha sido “suprimido” especificamente um “subsídio complementar” de 15.700 euros “para aquisição de equipamento logístico e materiais”.
A oposição fez uma “contraproposta” à dos socialistas, a qual foi chumbada, vingando a proposta dos socialistas da autarquia liderada por Joaquim Couto.
À Lusa, o PSD/PPM recordou que o “subsídio complementar” era atribuído “habitualmente”, mas “compreendendo que todos têm de fazer esforços”, Alírio Canceles admitia, na sua proposta, que este sofresse uma redução de 10%.
A oposição quer que sejam as associações de bombeiros do concelho a “decidir qual o equipamento a adquirir com vista ao reforço da sua capacidade operacional e de acordo com as suas necessidades”, criticando a opção da câmara, mas Joaquim Couto enumerou, por sua vez, os montantes destinados a esta área.
“O apoio global às corporações de bombeiros é multifacetado e este ano compreende, para além deste subsídio de 31.500 euros, cerca de 70 mil euros para apoio no financiamento de piquetes, cerca de 28 mil euros no melhoramento de caminhos, solicitados pelos bombeiros, cerca de 8.700 euros, correspondente a uma candidatura da Área Metropolitana do Porto para equipamentos e mais um conjunto de apoios, nomeadamente de seguros e bolsas de estudo”, enumerou o presidente da autarquia.
Joaquim Couto falou de “restrições orçamentais impostas pelo atual Governo” que têm reflexo na atividade do município e defendeu que “ao Governo compete a principal responsabilidade legal de garantir as fontes de financiamento das corporações dos bombeiros”.
Já Alírio Canceles mostrou-se preocupado com o facto de as corporações de bombeiros já terem efetuado os seus orçamentos e planos de atividades, lamentando que sejam “agora surpreendidos com esta situação”.
“A maioria socialista decidiu unilateralmente suprimir o subsídio sem que consensualizar a alteração da metodologia. Tratou-se de uma atitude avulsa da câmara e de total desrespeito pelas corporações de bombeiros de Santo Tirso”, referiu o vereador da oposição.
A reunião de hoje ficou também marcada pela aprovação, por unanimidade, da criação do Conselho Municipal da Juventude “com o objetivo de criar um fórum que privilegie o diálogo com os jovens do concelho”, diz a autarquia em comunicado.
(Fonte: Lusa/ Porto Canal)