Decorreu ontem (dia 22) nos estúdios da Regiões TV, no programa “Conferência Aberta”, um debate sobre Protecção Civil que teve como convidados o Tenente-Coronel Carlos Alves (CODIS do Porto), Susana Gonçalves (em representação dos Serviços de Protecção Civil da Câmara Municipal de Matosinhos), Rui Silva (em representação da ASPROCIVIL e também presidente da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários) e Sérgio Cipriano (coordenador do Portal Bombeiros.pt). A moderadora do debate foi a apresentadora e jornalista Delfina Rocha.
Ao longo do debate foram introduzidos à conversa os mais variados temas relacionados com o universo da protecção civil e com os “temas quentes” dos últimos dias, nomeadamente a temática da actuação da protecção civil ao nível da resposta ao mau tempo do início de Janeiro e a temática dos incêndios florestais.
Destaque neste debate para a questão da erosão costeira. Susana Gonçalves, cujo município sofreu grandes prejuízos com as tempestades do início de Janeiro, referiu que é impossível retirar “as pessoas do local onde têm a sua vida e o seu sustento”, afirmando que Matosinhos “tem um compromisso com a sua população de reposição de infraestruturas que o mar, durante as tempestades, destruir”.
Sobre o necessário sistema de alertas para a população sobre mau tempo, todos foram unânimes em afirmar que é necessário criar um sistema que seja eficaz e persuasivo, atendendo às imagens de pessoas que, durante as tempestades do início do ano, se deslocaram para as zonas de maior perigo. Após o Tenente-Coronel Carlos Alves ter explicado como se processa a passagem de informação referente ao lançamento de alertas, Susana Gonçalves informou os presentes de que a população “não respeita o primeiro alerta”, minimizando os efeitos que podem advir desse alerta. Referiu também que, no caso de Matosinhos, a população não minimiza os alertas posteriores, uma vez que ficou assustada com o primeiro incidente. Já Rui Silva levantou a questão da inexistência de “articulação entre quem gere a faixa costeira e quem gere a parte terrestre”, dando o exemplo do dia 6 de Janeiro em que apesar da agitação extrema do mar os veículos continuavam a circular nas marginais. Chegando-se à conclusão, como referiu Sérgio Cipriano, de que “o gosto pelo perigo é inerente ao ser humano”, logo as pessoas tendem a minimizar os efeitos desse mesmo perigo para a sua própria segurança.
Num debate de ideias em que o tom foi sempre cordato e respeitoso entre os intervenientes, foi também abordado o tema dos incêndios florestais e da existência ou não de problemas ao nível dessa área. Todos foram da opinião de que existem problemas, existindo, no entanto, a percepção de que estarão a ser dados passos para essa resolução. Neste tema, Rui Silva foi o mais crítico, apontando “armas” à forma de actuação da Liga dos Bombeiros Portugueses e ao esbanjamento de verbas que são determinadas pelo Governo para esta área da segurança pessoal dos voluntários.
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