Cada bombeiro integrado no dispositivo de combate a incêndios recebe 45 euros por dia, mas a Liga queria que este ano fossem 46 euros.
A Liga dos Bombeiros não poupa criticas ao Governo por ter mantido o valor que vai pagar diariamente aos bombeiros contratados para combater os incêndios florestais. O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, diz que não tem dinheiro para tudo.
À margem da cerimónia de apresentação do plano para este ano, o presidente da Liga, Jaime Marta Soares, lamentou que o ministro Miguel Macedo não tenha aceitado um aumento de um euro por dia. Cada bombeiro integrado no dispositivo recebe 45 euros por dia e a Liga queria que este ano fossem 46 euros.
“Penso que devia ter-se cortado noutros campos, nomeadamente até em vez de serem 50 as novas equipas, podiam ter sido 40 ou 35. Por isso, eu estou em total desacordo com o senhor ministro”, afirma Jaime Marta Soares.
A estas criticas da Liga dos Bombeiros o ministro da Administração Interna responde dizendo que não tem dinheiro para tudo. Miguel Macedo diz que teve que fazer opções e escolheu ter mais meios de combate.
“No ano passado, passámos esse valor de 41 para 45 euros por dia e, este ano, tendo em conta o conjunto de acréscimo de despesas que tínhamos para o dispositivo, nós tínhamos de fazer uma opção: ou tínhamos mais equipas ou tínhamos este ligeiro, embora importante, aumento de um euro por dia para cada uma das equipas, o que significava neste dispositivo um aumento superior a meio milhão de euros e nós fizemos a opção”, explica Miguel Macedo.
A Liga dos Bombeiros exige ainda que sejam actualizados os seguros dos bombeiros. Jaime Marta Soares admite endurecer os protestos, caso o ministro da Administração Interna não resolva o problema.
Macedo quer GNR a cobrar multas
O ministro da Administração Interna reafirma a intensão de tirar às câmaras municipais a responsabilidade de cobrar as multas por falta de limpeza de terrenos.
Miguel Macedo considera que terá que ser a GNR a levantar os autos, mas também a cobra-los e que só assim se irá conseguir fazer cumprir a lei.
Na apresentação do plano de combate a incêndios para este ano, Miguel Macedo lembrou esta quarta-feira que o assunto é da responsabilidade do Ministério da Agricultura, acrescentando que tem que ser aprovado em breve.
Actualmente, os autos de contra-ordenação são levantados pela GNR, mas são as câmaras municipais que cobram as coimas aos infractores.
Miguel Macedo diz que o modelo não funciona e pede urgência à colega da Agricultura para que mude a lei e tire essa competência às autarquias.
Fonte: RR