O primeiro-ministro afiançou esta terça-feira, em entrevista à TVI, não ter “evidência” de falhas nas operações de combate aos incêndios. António Costa afirmou também manter a confiança na ministra da Administração Interna e na cadeia de comando.
“Mantenho a confiança na cadeia de comando e assim manterei até estas circunstâncias estarem concluídas. Se, no final, houver responsabilidade teremos que tirar consequências, mas até ao momento não tenho evidência de que tenha havido qualquer falha na cadeia de comando”, declarou o chefe do Governo.
Questionado sobre eventuais justificações para uma tragédia como a de Pedrógão Grande, António Costa adiantou já estar na posse dessa resposta por parte da GNR: o fogo terá chegado à Estrada Nacional 236-1, onde morreram várias pessoas, de forma “inusitada, rápida e repentina”.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, tal explicação é “consonante” com a descrição feita no domingo, em Pedrógão Grande, quer pelos responsáveis no terreno, quer pelos populares: “Foi algo muito súbito e repentino que aconteceu”.
Balanço de vítimas
Ne mesma entrevista à estação de Queluz de Baixo, o governante afirmou ainda que o número de vítimas mortais do incêndio de Pedrógão Grande não deverá aumentar, pelo menos de forma significativa.
Havia a expectativa, segundo António Costa, de poderem ser encontradas mais vítimas em aldeias calcinadas pelas chamas onde os bombeiros ainda não tinham entrado.
O primeiro-ministro assinalou que todas essas localidades foram entretanto vistoriadas sem que nenhum corpo tivesse sido encontrado.
RTP