1. 20 pessoas ficaram retidas no lugar da Várzea
20 pessoas ficaram retidas no lugar da Várzea. O lugar de Paradela “já foi totalmente evacuado”. Em Cabeceiras de Basto, Soure e Ribeira da Pena o combate às chamas também está complicado.
Cerca de duas dezenas de habitantes do lugar da Várzea, Soajo, Arcos de Valdevez, e militares da GNR estão retidos naquele povoado devido a um incêndio florestal, disse o vereador da Proteção Civil.
O vereador da proteção civil municipal de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves, referiu que “os habitantes e a GNR ficaram retidos porque o fogo tomou conta da estrada de acesso aquele lugar”.“Estão à espera da primeira oportunidade para poderem sair”, acrescentou.
O vereador disse, entretanto, que a retirada dos residentes no lugar da Várzea” está para já em ‘stand by’, uma vez que os bombeiros tentam dominar as chamas”.
Olegário Gonçalves disse à Lusa que na área do Parque Peneda Gerês (PNPG) “morreram animais”, sem especificar a quantidade e “alguns habitantes daquele lugar estiveram em risco de vida por terem ficado cercados pelas chamas”.
O comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, Delfim Mota, disse à SIC Noticias que existem vários focos de incêndio junto a habitações e que tem diversas equipas a combater as chamas no local. Várias pessoas sofreram inalação de fumo ao tentarem proteger as suas casas e tiveram que ser assistidas.
Um casal de Paradela, lugar já evacuado do Soajo, Arcos de Valdevez, foi transportado pelo INEM, para um hospital, com queimaduras no rosto, disse o vereador da Proteção Civil. Olegário Gonçalves não soube o grau das queimaduras das vítimas, que foram atingidas quando combatia um incêndio junto à sua casa. Também não referiu a idade.
Robalo Simões, segundo comandante operacional da Proteção Civil de Viana do Castelo, acrescentou que outra pessoa foi levada para o Hospital de Lima por inalação de fumos.
Delfim Mota acrescentou que o vento forte e a alta temperatura tornam “um pequeno incêndio num incêndio de grandes dimensões”. O comandante afirmou que há “falta de meios aéreos”.
De acordo com a informação dada no site da Proteção Civil, no local estão cerca de 54 operacionais apoiados por 21 viaturas e um meio aéreo.
Delfim Mota acrescentou que “a situação já está a voltar à normalidade na localidade de Paradela”. Apesar de o incêndio já ter passado esta aldeia, não há condições para as pessoas voltarem às suas casas.
As aldeias de Paradela e de Várzea, no concelho de Arcos de Valdevez, foram evacuadas devido a este incêndio. Segundo Olegário Gonçalves, o lugar de Paradela “já foi totalmente evacuado”.
2. Aldeia de Boticas evacuada devido a incêndio
O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, disse que está a ser evacuada a aldeia de Torneiros devido à proximidade de um fogo que já lavra desde segunda-feira.
“A aldeia de Torneiros está completamente isolada, estamos a evacuar as pessoas e o fogo vai agora também em direção à sede do concelho e a Mosteirão”, salientou o autarca.
O autarca explicou que os meios da câmara, como as carrinhas, estão a ser usados para retirar as pessoas da aldeia.
A Santa Casa da Misericórdia de Boticas também já disponibilizou todo o apoio necessário para ajudar a população afetada pelo incêndio, assegurando o alojamento e os cuidados básicos necessários às pessoas que foram evacuadas das suas casas por motivos de segurança.
Este fogo lavra desde as 16:17 de segunda-feira e está a ser combatido por 94 operacionais e 32 viaturas e conta com o apoio de um meio aéreo.
Este incêndio sofreu uma reativação já esta manhã e conta com um reforço de operacionais provenientes de Leiria.
No entanto, um outro fogo deflagrou também na zona de Codessoso, Boticas, cerca das 13:28 e está a ser combatido por 42 bombeiros e 10 viaturas.
“Há muitas ignições no distrito, já falei com a senhora ministra da Administração Interna por volta da hora do almoço a pedir reforços, estava a prever isto pela forma como isto está, mas não conseguiram mandar mais meios e agora estamos aqui enrascados”, afirmou o autarca.
Os fogos neste concelho estão a queimar pinhal. Fernando Queiroga disse que o vento está muito forte e o fogo está muito intenso, não permitindo a aproximação dos bombeiros. “Estamos a tentar com as máquinas de rastos, mas está a ser fazer projeções a 100 metros, as temperaturas estão altíssimas, está tudo muito complicado”, salientou.
O distrito de Vila Real está hoje a ser fustigado pelos incêndios. Para além de Boticas, há ainda fogos que lavram com muita intensidade nos concelhos de Ribeira de Pena e de Vila Pouca de Aguiar.
Em Ribeira de Pena, o combate às chamas em Alvadia, que avançam em quatro frentes, está a ser feito por 113 operacionais, 31 viaturas e um meio aéreo.
Este fogo deflagrou às 11:47 e há registo de que, pelo menos, um palheiro já foi queimado.
Já em Vila Pouca de Aguiar, o incêndio mobiliza 82 operacionais, 24 viaturas e um meio aéreo.
Também o concelho de Montalegre tem tido várias ignições ao longo do dia.
A página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil dava conta de oito incêndios ativos no distrito de Vila Real, pelas 18:00, que mobilizam 382 operacionais, 110 viaturas e quatro meios aéreos.
3. Chamas em Cabeceiras de Basto já puseram casas em perigo
O incêndio que deflagrou pelas 6h09 desta segunda-feira, em Rio Douro, Cabeceiras de Basto, já pôs habitações em risco mas essa ameaça foi entretanto afastada, embora as chamas continuem a lavrar “com grande intensidade”, informou fonte dos bombeiros.
O comandante dos Bombeiros de Cabeceiras de Basto, Duarte Ribeiro, disse à Lusa que o combate às chamas está a ser dificultado pela falta de acessos, pela existência de muito material combustível e pelo vento.
“A situação está muito complicada, com frentes muito ativas e com muitas projeções”, referiu.
Disse ainda que o “muito fumo” também dificulta a ação dos bombeiros e dos meios aéreos mobilizados para o local.
Segundo o site da Autoridade Nacional de Proteção Civil, no combate às chamas estão 93 operacionais, apoiados por 36 meios terrestres e quatro meios aéreos. O site diz ainda que se trata de um incêndio em mato com duas frentes ativas.
Para o local já foram mobilizados grupos de reforço de ataque ampliado (GRUATA) de Lisboa e Porto.
4. Acessos e vento dificultam combate às chamas em Soure
A grande dificuldade nos acessos e o vento têm complicado o combate ao incêndio que começou na segunda-feira em Soure, distrito de Coimbra, e que mobiliza 504 operacionais, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
O incêndio em Soure, que começou na segunda-feira e tinha sido dominado às 9h30 desta terça-feira, voltou a estar novamente ativo ao início da tarde, na sequência de um reacendimento, avançando com duas frentes.
De acordo com a página da Autoridade Nacional da Proteção Civil, às 17h50 estavam no terreno 506 operacionais, apoiados por 165 veículos e cinco meios aéreos.
As chamas progridem em “terreno de difícil acesso”, estando no limite entre Soure e Penela e aproximando-se também do concelho de Condeixa-a-Nova, disse à agência Lusa fonte do CDOS de Coimbra.
Até ao momento, não foi necessário proceder à evacuação de habitações, apesar de o incêndio já ter estado próximo das localidades de Cotas e Chanca, referiu a mesma fonte.
No terreno, estão presentes corporações dos distritos de Coimbra, Leiria, Aveiro, Viseu, Lisboa e Castelo Branco.
O incêndio em Soure, distrito de Coimbra, começou na freguesia de Tapéus, por volta das 15h30 de segunda-feira, e chegou a ter três frentes ativas.
5. Incêndio em Ribeira da Pena com quatro frentes ativas
Um incêndio em Ribeira de Pena, Vila Real está a mobilizar cerca de 144 operacionais, 36 viaturas e três meios aéreos. Este incêndio tem quatro frentes ativas e está a ameaçar as habitações da localidade. O incêndio iniciou em Alvadia.
O distrito de Vila Real é uma das regiões mais afetadas. Existem cerca de 5 incêndios ativos nesta zona que estão a mobilizar 376 operacionais, 108 viaturas e 5 meios aéreos.
In Observador.pt