A publicação do Decreto de Lei 2336 de 27 de Março de 2015, obriga a partir desta data, os comandantes dos corpos de bombeiros a possuírem uma licenciatura ou provarem ter conhecimentos de português e ainda saber ligar e trabalhar com um computador.
Este decreto de lei, segundo apurou o «Boca» d’Incêndio, está a criar grande instabilidade em mais de 74% dos comandantes existentes em Portugal, que, ao que tudo indica, não respeitam nenhuma das alíneas da referida lei.
O Ministério da Administração Interna (MAI) contatado pelo «Boca» d’Incêndio, referiu que, “o ministério viu-se obrigado a criar esta lei por indicação da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)” referindo que “ficou comprovado num estudo levado a cabo por esta entidade que, mais de 74% dos comandantes dos corpos de bombeiros dão erros ortográficos e muitos nem um computador sabem ligar”, segundo o mesmo ministério “a única forma de contornar a situação é submeter os comandantes atuais a um teste de conhecimentos de português e de informática”. No entanto, o «Boca» d’Incêndio sabe ainda, que os indivíduos possuidores de uma licenciatura estão isentos deste teste de avaliação.
Satisfeitos com esta medida, estão os diversos oficiais bombeiros existentes no país, que ao que tudo indica, esta lei vem colmatar uma enorme falha existente. O «Boca» d’Incêndio contactou um oficial bombeiros estagiário que referiu: “Como posso ser eu comandado por uma pessoa que mal sabe escrever e ligar um computador?”
Indignados com a publicação desta Lei, está a Liga de Bombeiros Portugueses e a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, que referem “temos os comandantes que a ANPC quer ter”, adiantando que “a homologação dos elementos de comando passa pela a aprovação da ANPC, portanto, se temos comandantes analfabetos a responsabilidade é de quem os homologou” referem.
A ANPC contactada pelo «Boca» d’Incêndio referiu que “esta entidade limita-se a homologar os comandantes que as associações propõem, sabemos bem, que, as associações querem este tipo de comandantes para serem elas a mandar no corpo ativo” referiu o gabinete de apoio psicológico desta entidade.
A ANPC, ainda num comunicado enviado à nossa redação, refere que “para acabar com os caprichos dos senhores presidentes das associações de bombeiros, os comandantes passam a ter que saber ler, escrever e a ligar um computador” disse.