O secretário de Estado da Administração Interna afirmou, esta quarta-feira, em Leiria, que os bombeiros que morreram no combate aos incêndios merecem que técnicos e políticos encontrem soluções para que sejam evitadas novas tragédias.
“Não nos habituamos e não nos conformamos” com “a rotina” com que os bombeiros e as populações se deparam “todos os verões”, salientou Filipe Lobo d’Ávila, secretário de Estado da Administração Interna.
“É necessário repensar a forma como olhamos para a prevenção”, tomando “medidas a título excecional”, nomeadamente “no âmbito das reformas na área das florestas, que não estão concluídas”, defendeu.
Presente em Leiria, durante o Dia Nacional do Bombeiro Profissional e perante mais de 300 operacionais, o governante sustentou que é preciso também “reequacionar o papel dos bombeiros na área da prevenção”.
Filipe Lobo d’Ávila lembrou, ainda, que algumas das medidas “não são da exclusiva ou mesmo da competência” do Ministério da Administração Interna e sublinhou que “só em conjunto podem ser encontradas soluções para enfrentar problemas” com que Portugal se depara “todos os verões”.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, apelou ao apoio à aquisição de equipamentos de proteção individual a bombeiros e elementos da Proteção Civil.
O governante local aproveitou, também, a presença do secretário para alertar para “o deficiente funcionamento da central de emergência 112, desde que foi centralizada em Lisboa”, uma vez que “as pessoas chegam a estar mais de 15 minutos à espera para serem atendidas” e “impede que os corpos de bombeiros possam responder diretamente a chamadas e chegar mais rapidamente ao local das ocorrências”.
O autarca sustentou, por fim, que “é fundamental agravar a moldura penal do crime de fogo posto, para dissuadir a prática destes atos, que destroem um bem que é de todos”, reforçar a fiscalização e “acabar com a plantação indiscriminada de eucaliptos, por ser uma espécie altamente inflamável”.
FONTE: JN