Os Bombeiros Voluntários de Viseu reclamam gasóleo com menos impostos, tal como já hoje acontece com outras atividades. Para o presidente das direção dos Voluntários de Viseu, Carlos Costa, não faz sentido que o combustível que abastece as ambulâncias, carros de socorro e combate a incêndios pague os mesmos impostos que a gasolina ou gasóleo com que o cidadão comum abastece a sua viatura.
“Ninguém na população portuguesa entende que o preço do combustível para uma ambulância seja mais de cinquenta por cento para impostos”, disse. Não querendo desvalorizar as atividades que têm direito a combustível mais barato, como é o caso da agricultura, o presidente dos Bombeiros de Viseu tem dúvidas em identificar “uma função mais nobre que a de socorrer quem precisa” e que, por isso, devia estar isenta de impostos.
Para alertar o Governo e a Assembleia da República, lançaram uma petição online onde é pedido para que “o combustível das viaturas de socorro fosse isento do ISP – Imposto sobre produtos petrolíferos, ou que fosse reduzido”.
Para Carlos Costa, um dos caminhos mais fáceis seria o Governo autorizar que nas viaturas de socorro pudesse ser utilizado o chamado gasóleo “verde” ou agrícola. “É um sistema que já existe. Não é preciso inventar nada de novo. Basta ser dada essa autorização”, realça.
Um litro de gasóleo agrícola paga onze cêntimos de imposto. Os bombeiros quando abastecem as viaturas pagam 57 cêntimos em cada litro. “Está tudo dito”, conclui Carlos Costa.
Em qualquer corporação de bombeiros a fatura dos combustíveis é uma das maiores parcelas da despesa. O Governo, que comparticipa em alguma dessas despesas, tem os pagamentos atrasados em mais de seis meses.
Jornal do Centro