Os Bombeiros de Alcácer do Sal esperam, durante a próxima primavera, deixar o atual quartel e mudar para novas instalações, que estão concluídas mas precisam de ser equipadas, resolvendo o problema das inundações do espaço cada vez mais frequentes.
O presidente da Associação dos Bombeiros Mistos de Alcácer do Sal (ABMAS), António Balona, disse que o estado do atual quartel, ocupado pela corporação há quase 80 anos, é “incompatível” com o trabalho desenvolvido.
O novo edifício, construído num terreno da associação, na zona alta da cidade, está concluído, mas ainda não pode ser ocupado por falta de energia elétrica, mobiliário e equipamentos, revelou António Balona.
A instituição está com “dificuldades financeiras para adquirir” o material necessário, reconheceu o dirigente, situação que terá de ser ultrapassada com recursos a empréstimos bancários.
Esta foi também a forma encontrada pela ABMAS para financiar a construção do novo quartel, cujo custo, inicialmente avaliado em 1,6 milhões de euros, deverá cifrar-se “próximo dos dois milhões de euros”.
A obra conta com uma comparticipação de fundos comunitários de cerca de 500 mil euros, tendo a Câmara Municipal de Alcácer do Sal contribuído com uma verba superior a 300 mil euros, indicou.
Recentemente, o município atribuiu mais 150 mil euros à associação, para ajudar a pagar dívidas ao empreiteiro, e assumiu a realização dos acessos viários à infraestrutura dos bombeiros, que estão concluídos.
O presidente da ABMAS estima que deverá ser possível a corporação mudar-se em abril ou maio, “antes da época dos fogos”.
O novo quartel tem “todas as condições, sem ser com luxos”, frisou António Balona, que é também o presidente da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal.
As atuais instalações “estão muito degradadas” e já não oferecem condições de trabalho aos mais de 25 funcionários da associação, bem como aos bombeiros voluntários, disse aquele responsável.
Sempre que há marés em que a altura das águas se aproxima dos 3,70 metros, explicou, a zona da cidade junto ao rio Sado fica inundada e, consequentemente, também o quartel, uma situação “cada vez mais frequente”.
No início deste mês, a corporação sofreu nova inundação, problema agravado pelas chuvas intensas que se têm registado nas últimas semanas.
Além disso, as obras de Regeneração Urbana de Alcácer do Sal (RUAS), em fase de conclusão, deixaram marcas no edifício, como “fissuras e bocados do teto a cair”.
“Estamos mesmo a precisar de sair daqui”, reforçou António Balona.
(Fonte:Lusa/Zoom online)