Já estou a imaginar algumas pessoas a questionarem-se o que fará uma imagem de um Inseto num site de bombeiros, é verdade, a tecnologia está todos os dias a surpreender-nos.
A Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos da América, publicou recentemente um estudo que detalha a utilização de insetos ciborgues (electrónicos) no auxílio às primeiras equipas de socorro que chegam a cenários de catástrofe.
As baratas ciborgue são usadas para mapear o cenário e ajudar os socorristas a delinearem planos de intervenção mais adequados face à realidade da ocorrência. Depois da primeira avaliação aleatória ao local, os insetos equipados com aparelhos eletrónicos ligados diretamente às suas antenas, são controlados por um operador.
Segundo os investigadores a ideia é tirar partido dos padrões aleatórios na movimentação dos chamados biobots, para serem usados em cenários de difícil acesso e que ainda estejam instáveis, como é o caso das derrocadas de prédios.
Os dados captados pelos insectos electrónicos vão sendo transmitidos às equipas via rádio frequência, no entanto e de acordo com uma notícia do GigaOm, os investigadores estão ainda a estudar a possibilidade de integrar outros sensores, como os que detetam a presença de ameaças químicas ou radioativas.
Para o fabrico destes biobots é necessário efectuar uma pequena cirurgia nos insectos, no entanto, a equipa de investigadores garante que baratas sentem pouca dor na implantação do dispositivo electrónico.
Não se espantem, se um dia destes o vosso chefe de piquete vos mandar alimentar as baratas que têm no quartel.
Até à próxima,
Sérgio Cipriano
scipriano@bombeiros.pt