Incêndios em Trancoso, Covilhã, Vila Real e Tabuaço reúnem o maior número de meios, mantendo dimensões significativas. Mais de 1700 bombeiros combatem as chamas no terreno.
São quatro os grandes incêndios que lavram por esta altura em território nacional. As chamas em Freches, no concelho de Trancoso continuam a ceifar terreno, com pelo menos duas frentes de fogo ativas a darem trabalho aos operacionais no terreno. Às 6h40 contabilizavam-se 700 operacionais no terreno, apoiados por 225 meios terrestres.
“Relembro que hoje é o décimo dia deste incêndio, o décimo dia. Como é que um país tão pequeno (…) se permite que durante 10 dias nós estejamos a ser consumidos em lume brando”, afirmou ontem Alexandre Favaios aos jornalistas.
Em Tabuaço, no distrito de Viseu, o incêndio é, por esta altura, combatido por 215 operacionais no terreno e 73 meios terrestres.
Os grandes incêndios em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, e Caldas das Rainha encontram-se em fase de resolução.
Marrocos envia dois aviões Canadair
Marrocos enviou dois aviões Canadair para Portugal de forma a ajudar no combate às chamas depois de o Governo português ter ativado o mecanismo de cooperação bilateral com o país.
Em comunicado, o ministério da Administração Interna explica que “na sequência das avarias registadas nos dois aviões Canadair que as autoridades portuguesas alugaram para ajudar no combate aos incêndios rurais, o Ministério da Administração Interna acionou de imediato o mecanismo de cooperação bilateral – em matéria de proteção civil – estabelecido com o Reino de Marrocos para colmatar esta lacuna”.
Incêndios fazem 37 feridos
Num balanço realizado pelas 23h00 de segunda-feira, Pedro Araújo, oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, confirmou que foram registados 37 feridos na sequência dos incêndios, entre civis e operacionais no terreno. As vítimas são, essencialmente, pessoas com necessidade de assistência no local por inalação de fumos e feridos ligeiros que tiveram necessidade de assistência em unidades de saúde.
O território de Portugal continental encontra-se em situação de alerta por causa do risco de incêndio. Este ano, as chamas já consumiram já este ano uma área de quase 60 mil hectares, segundo dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A contribuir para o avanço das chamas estão o calor intenso, vento forte e tempo seco.
Doze distritos de Portugal continental encontram-se sob aviso laranja devido ao calor, a maioria até ao final do dia de quinta-feira, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Bragança, Évora, Guarda, Beja, Castelo Branco e Portalegre estão sob aviso laranja, o segundo mais grave, devido à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima”.
FONTE: EURONEWS

