
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, prometeu estudar a revindicação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para a reposição da isenção completa das taxas moderadoras para os bombeiros.
Na sequência disso, o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, não deixou de fazer notar ao ministro a importância de tal medida a favor dos bombeiros que, frisou, “dão tudo e não pedem nada a seu favor”.
Na reunião realizada esta manhã, o ministro, acompanhado do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, e o presidente da LBP, acompanhado do vice-presidente Rodeia Machado e do vogal Rui Rama da Silva, acordaram na criação de um grupo técnico conjunto que irá começar a trabalhar já no início do próximo ano na abordagem dos diversos temas apresentados pela Liga dos Bombeiros Portugueses.
Tratou-se de uma reunião solicitada pela LBP para apresentação de cumprimentos ao novo titular do Ministério da Saúde e também, na sequência disso, para uma primeira abordagem aos temas que a LBP considera importante tratar no âmbito dos “princípios de lealdade, transparência e exigência” que, segundo o comandante Jaime Marta Soares, devem nortear o relacionamento entre as duas entidades.
O ministro defendeu a aposta da cooperação entre os Bombeiros, representados pela LBP, e o seu Ministério, privilegiada através de um canal a manter sempre aberto.
O socorro pré-hospitalar em Portugal, no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), que depende em cerca de 90 por cento dos bombeiros foi um dos temas apresentados na reunião. Outro, o transporte de doentes não urgentes onde a intervenção dos bombeiros é capital e onde as dívidas às associações por parte da Saúde ultrapassam neste momento os 23 milhões de euros.
O presidente da LBP apontou a proposta de criação de uma convenção para o transporte de doentes como uma forma de corrigir ou ultrapassar muitos dos constrangimentos que aquela área ainda apresenta, pese embora todo o trabalho desenvolvido pelos bombeiros na sua abordagem.
Recorde-se que a isenção das taxas moderadoras foi retirada aos bombeiros em 2011 e, desde então, a LBP tem lutado pela sua reposição total.
LBP