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Há sete pessoas feridas na sequência do incêndio em Oleiros, entre as quais dois bombeiros com ferimentos graves, afirmou o Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul (CADIS), Luís Belo Costa.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) realizou este domingo, pelas 19 horas, no posto de Comando localizado no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Oleiros, um briefing à comunicação social para o ponto de situação do incêndio rural de Oleiros, distrito de Castelo Branco.
“O vento que iria dar-nos uma oportunidade de intervenção de cerca de quatro horas para estabelecer um esforço de combate em todo o flanco esquerdo do incêndio acabou por não dar os resultados que esperávamos, uma vez que quatro horas é muito pouco num terreno especialmente difícil. Portanto, por muito pouco não conseguimos que esta estratégia resultasse como queríamos. Estivemos quase a atingir o objetivo, mas uma linha de água acabou por não nos permitir, com os meios aéreos e o esforço das equipas terrestres, resolver aquilo a que nos propúnhamos”, começou por explicar, em conferência de imprensa, Luís Belo Costa, realçando que a estratégia delineada durante a manhã assentava no respeito pela meteorologia ao longo do dia.
“Neste momento, o setor alfa está dominado. O setor bravo foi o que nos escapou e que fez toda a diferença, que é o setor mais virado a Castelo Branco. Ainda está ativo e estamos a proceder a uma manobra de uso de fumo que está a resultar. E de Sul para Norte, estamos a fazer um empenhamento de meios aéreos com o apoio de dois grupos de reforço terrestres que está a resultar. Esperamos que o virar do vento nos dê a oportunidade de levar a bom porto a estratégia que tínhamos”, acrescentou Belo Costa. “O último setor, o eco, está 80% em resolução e os trabalhos estão em bom caminho”.
Neste momento combatem o incêndio 854 operacionais, 264 veículos e 14 meios aéreos. “É um empenhamento musculado e estamos à espera da chegada de mais três grupos de reforço, com cerca de 100 operacionais”, disse o comandante.
“Quanto aos danos pessoais, há registo de sete feridos, cinco dos quais ligeiros, quatro bombeiros e um civil, e dois feridos graves, bombeiros, e uma vítima mortal“, informou Belo Costa.
O comandante adiantou também que existem alguns danos em edificações mas que ainda não há nenhum levantamento feito da sua tipologia e da sua importância. “Ainda é cedo. O objetivo é dominar o incêndio em primeiro lugar”, frisou.
“O potencial de evolução deste incêndio é enorme. Pode durar vários dias. Compete-nos fazer tudo ao nosso alcance para inverter essa realidade. Acredito no empenhamento de todos os meios e recursos que estão aqui nesta operação, mas como falhou hoje de manhã uma parte da estratégia, pode voltar a falhar. Temos de inverter essa realidade e acreditar que conseguimos fazer isso”, concluiu o Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul, Luís Belo Costa.
O grande incêndio que deflagrou em Oleiros, distrito de Castelo Branco, no sábado, alastrou aos concelhos vizinhos de Proença-a-Nova e Sertã e é combatido por mais de 850 bombeiros.
O Governo determinou este domingo a declaração da situação de alerta em todo o território continental, entre as 00.00 horas de segunda e as 23.59 de terça-feira, devido ao perigo de incêndio.
Fonte: Jornal de Noticias