Sapadores de Setúbal com seis casos de covid-19

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COVID19Há seis casos ativos de covid-19 no seio da Corporação de Bombeiros Sapadores de Setúbal. O sindicato que representa estes profissionais alerta que a prestação de socorro na cidade está em risco devido à diminuição de elementos a exercer funções diariamente, mas o coordenador de proteção civil setubalense e o próprio comandante da corporação desmentem.

“A lógica de proximidade do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) garante que se não houver meios disponíveis para acorrer a qualquer ocorrência, são acionados meios de corporações vizinhas”, assegura José Luís Bucho, coordenador da proteção civil que acrescenta que “sempre foi assim e sempre será”

O primeiro caso de covid-19 nesta corporação, informa Paulo Pires, presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBP), deu-se no início do mês. “Esse elemento apresentava sintomas e foi trabalhar, mais tarde ligou à Saúde 24 e ficou em quarentena até surgir o resultado do teste”. A confirmação deu-se na semana passada e logo outros bombeiros que tiveram contacto com o colega ligaram à Saúde 24. O resultado dos testes foi conhecido na sexta feira, dia 11. De acordo com a administração regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, até esta quarta feira, havia seis casos positivos, sendo que um estava internado no Hospital de São Bernardo.

Paulo Pires refere que nessa sexta feira, outros elementos que tiveram contacto com os casos positivos ligaram para a Saúde 24 e ficaram em isolamento profilático. “São sete esses que estão em casa e só não são mais porque outros não ligaram porque sabiam que ficariam obrigatoriamente em casa e os sapadores tinham que encerrar, o que não é bom para a população”. O presidente do SNBP critica a falta de comunicação dentro da companhia de bombeiros sapadores e refere que apesar de o SIEM garantir meios de corporações vizinhas em ocorrências na cidade, “o socorro não é tão célere como se fosse prestado pelos bombeiros mais próximos”.

Sobre que medidas foram tomadas de prevenção para propagação da doença, a ARSLVT nada acrescentou. Ao JN, Paulo Lamego, comandante dos sapadores setubalenses, refere que todas as medidas de higienização e limpeza estão em vigor desde o início da pandemia. “Utilizamos equipamentos de proteção individual, temos uma equipa de intervenção de matérias perigosas e seguimos todos os procedimentos existentes desde sempre”.

Paulo Pires explica que atualmente estão onze elementos por turno nos bombeiros sapadores, menos sete que o número existente antes do surgimento de casos. “Em vez de levarmos 12 elementos para um incêndio urbano, levamos quatro ou cinco e só na manhã desta quarta feira não havia elementos suficientes para operar a auto escada, que não foi solicitada”. Paulo Lamego recusa-se a comentar as afirmações do sindicato, que diz serem “inflamatórias e ditas por treinadores de bancada que nada sabem sobre a operacionalidade da corporação” e garante que “o socorro não está posto em causa”.

Fonte: Jornal de Noticias

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Paulo Reis

É natural e residente em Esmoriz, a sua vida profissional está ligada à indústria automóvel nestes últimos 25 anos como CAD Designer. É um dos fundadores da Rádio Voz de Esmoriz, onde apresentou o programa de rádio “Bombeiros em Missão”. Está ligado desde tenra idade aos Bombeiros de Esmoriz onde fez parte da orquestra do Grupo Cénico e hoje, ocupa o posto de Chefe. Foi responsável pelo Grupo de Comunicação & Imagem dos BV Esmoriz e integrou a equipa do portal bombeirosdeportugal.com. É o responsável do Departamento de Relações Públicas do portal Bombeiros.pt