REFORÇAR O PRINCIPAL AGENTE DE PROTEÇÃO CIVIL VALORIZA O PATAMAR MUNICIPAL DE PROTEÇÃO CIVIL

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André Morais – SinFAP

Ponto prévio, a explanação realizada doravante tem por base duas ideias próprias, precisas e  concisas, bombeiros e proteção civil municipal complementam-se mas produzem trabalhos  distintos com missões objetivas em cada parte.

Numa vertente os bombeiros formatados para  uma resposta rápida, fundamental, alinhada e capacitada, por outro lado proteção civil  municipal onde o seu papel será planear, mitigar, informar, sensibilizar, produzir documentação técnica com base científica…introdutório realizado acho que um laço  institucional forte entre os bombeiros e a proteção civil municipal é de extrema importância  pelos diversos motivos. 

Ambos devem ser dotados de recursos específicos, e serem serviços independentes com  gestões independentes e geridos por pessoas diferentes, pois promiscuidade entre ambos  pode ferir de “morte” aquilo que queremos e precisamos para os territórios. 

Um relacionamento sólido permite uma coordenação mais eficiente em situações de  emergência. A comunicação fluida e a partilha de informações essenciais garantem que todas  as partes envolvidas estejam cientes dos detalhes e dos desenvolvimentos da situação. A  colaboração facilita uma resposta mais rápida e coordenada. Com um entendimento mútuo  das capacidades e recursos disponíveis, os bombeiros e a proteção civil podem atuar  rapidamente, minimizando os danos e riscos. Através do laço institucional, é possível otimizar  o uso de recursos disponíveis, evitando redundâncias e maximizando a eficiência na alocação  de pessoal, equipamentos e veículos. 

É certo que a partilha operacional e científica traz ganhos e experiência entre as equipas de  bombeiros e a proteção civil. Isso promove a aprendizagem contínua e a adoção de melhores  práticas. A cooperação na fase de planeamento e preparação para emergências é  fundamental. Ambas as partes podem contribuir com informações específicas e conhecimento  técnico, resultando em planos mais abrangentes e realistas. Um laço institucional forte  contribui para a segurança tanto dos profissionais envolvidos quanto da população. Com uma  abordagem coordenada, os riscos podem ser identificados e geridos de forma mais eficaz. 

Um laço institucional forte promove a confiança mútua entre as duas partes. Isso é essencial  para uma colaboração bem-sucedida, permitindo a tomada de decisões rápidas e informadas  em momentos críticos. Esta proximidade fara com que se construa uma parceria sólida que  promove e ajuda a garantir que todas as partes estejam alinhadas quanto aos objetivos e às  ações tomadas. Ao trabalharem juntos de maneira eficaz, os bombeiros e a proteção civil  municipal reforçam a perceção de que ambas as funções são cruciais para a segurança pública,  o que pode levar a um maior apoio e recursos da comunidade. 

Resumidamente, um laço institucional forte entre bombeiros e proteção civil municipal é  essencial para garantir uma resposta coordenada, eficiente e eficaz a emergências, protegendo  vidas e bens de maneira abrangente.

Na vertente dos bombeiros (o maior agente de proteção civil) o reforço na contratação  coletiva é crucial, pois através da negociação coletiva, os bombeiros podem lutar por melhores  condições de trabalho, incluindo horários plausíveis, turnos justos e medidas de segurança  adequadas. A negociação coletiva permite que os bombeiros reivindiquem salários  competitivos e benefícios adequados, reconhecendo a natureza desafiadora e essencial do seu  trabalho, oferecendo condições de trabalho justas e vantajosas para atrair e reter bombeiros  talentosos e experientes, contribuindo para a qualidade dos serviços prestados à comunidade. 

Quando os bombeiros têm voz nas decisões que influenciam os seus empregos, isso aumenta a  motivação, refletindo positivamente na qualidade do trabalho e na segurança das operações. Através da contratação coletiva, os bombeiros podem negociar oportunidades de formação  contínua e desenvolvimento profissional, permitindo que estejam preparados para enfrentar  uma variedade de desafios, podendo também negociar políticas que apoiem um equilíbrio  saudável entre vida profissional e pessoal, para o bem-estar dos bombeiros, considerando a  natureza intensa e imprevisível do seu trabalho. 

Ao garantir que os bombeiros estão bem treinados e equipados, a negociação coletiva  contribui diretamente para a segurança deles próprios e daqueles que necessitam de auxílio,  com condições adequadas de trabalho haverá um impacto direto na qualidade dos serviços de  emergência. Uma coisa será certa, bombeiros satisfeitos e bem-preparados podem responder  de maneira mais eficiente e eficaz a situações críticas. Ao reforçar a contratação coletiva, os  bombeiros demonstram que a profissão é valorizada e que os seus interesses são levados a  sério, fortalecendo o respeito público pela sua dedicação e compromisso. 

Em última análise, o reforço dos bombeiros na contratação coletiva não só beneficia os  próprios profissionais, mas também contribui para um sistema de serviços de emergência mais  forte, resiliente e capaz de proteger eficazmente a comunidade.

 

André Morais
Mestre em Proteção Civil
Coordenador do Setor da Proteção Civil do SinFAP

About author

Daniel Rocha

Nasceu na Guarda. Para além da vida de professor, dedica-se a muitas outras actividades. A sua ligação e gosto pelo mundo da imprensa levaram-no a ser colaborador da Rádio Altitude (Guarda) e do jornal Notícias de Gouveia (Gouveia).