A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirma que já pagou aos operadores e às corporações de bombeiros pelo combate aos incêndios rurais em 2022. Mas há operacionais e corporações que garantem, ao JN, ainda ter pagamentos em falta.
A ANEPC argumenta que o DECIR ocorreu entre 15 de maio e 15 de outubro do ano passado e, por isso, “não existe qualquer valor em dívida relativamente à segunda quinzena de outubro. No entanto, a Diretiva Operacional Nacional n.º 2 prolongou o DECIR entre os dias 16 e 30 do referido mês. Ainda assim, a Proteção Civil indica que saldou, no final de dezembro, todas as despesas com equipamentos, alimentação e veículos das corporações empenhadas nos fogos rurais.
O JN contactou corporações de bombeiros de diversos distritos que confirmaram ter verbas a receber do DECIR, como já frisou a Liga dos Bombeiros Portugueses. Ontem, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja, Domingos Fabela, foi perentório: “Confirma-se que não foram pagos os serviços prestados na extensão da segunda quinzena do DECIR”.
Quanto aos operadores de reforço nos CDOS, a Proteção Civil sustenta que “os valores reportados até 31 de dezembro estão pagos. Os de janeiro de 2023 serão objeto de pagamento no corrente mês”. José Godinho, operacional dos Bombeiros de Beja, assegura que ainda tem a receber “entre 500 a 600 euros pelo serviço prestado como operador entre 16 de outubro e 31 de janeiro. Nesse dia, enviei um e-mail a informar que deixava de prestar o serviço. Não posso estar a trabalhar sem receber”, justificou.
Fonte: Jornal de Noticias