Carlos Moedas visitou área ardida… O Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, veio a Mação ver de perto “o desastre e o horror” que aconteceu nestas terras. Ali percebeu que a dimensão foi “maior e mais triste” do que pensava.
A esta terra trouxe uma palavra de conforto deixou algumas possibilidades de fundos a que Mação se pode candidatar para preservar a floresta, nomeadamente os Fundos Europeus da Coesão de cerca de 25 mil milhões, alocados a Portugal por sete anos, e também “na área da ciência, prevenção e investigação mais 125 milhões até 2020”.
Neste campo, o objetivo é “programar o estudo do que vimos aqui”, disse Carlos Moedas e “o efeito que tem não ordenar o território”, levando consigo o exemplo maçaense do que é planear bem e planear mal.
Um dos pontos da visita foi, entre outros aspetos, apresentar ao comissário europeu um território de minifúndio e as ideias que a autarquia continua a ter e pelas quais vai continuar a lutar, para que estas tragédias não se voltem a repetir, confirmou Vasco Estrela Presidente da câmara de Mação, considerando que “é um desígnio nacional encontrar soluções para o futuro destes territórios e tenho a certeza que a Comissão Europeia estará empenhada no encontrar dessas soluções”.
Uma das ideias de apoio de Mação é recorrer ao Plano “Junker” para financiar as Zif’s (Zonas de Intervenção Florestal). Apesar de este plano ter o desenvolvimento económico das empresas na génese, Carlos Moedas não descarata a hipotese de que pode ser aplicado nos municípios atingidos pelos incêndios.
Quanto ao Fundo de Solidariedade criado pelo governo português e que não abrange o concelho de Mação, o comissário preferiu não comentar, porque “o dossier está ainda a ser avaliado em Bruxelas”, no entanto “assim que tiver informação irei transmiti-la”. Vasco Estrela apelou assim a um “tratamento equitativo e proporcional”, até porque o drama foi igual, excetuando a perda de vidas humanas, em toda a zona centro o país.
Mação promete continuar a estar atento a esta matéria, tal como ao pedido de apuramento de responsabilidades e de responsáveis pela dimensão que a tragédia dos incêndios alcançou. Até agora a autarquia ainda não obteve qualquer resposta. “Já passou um mês e as respostas continuam a não surgir”, disse, acrescentando que vai esperar mais 15 dias, até à próxima Assembleia Municipal, altura em que “vou levar uma proposta para que, de uma vez por todas, possamos fazer a respetiva participação à Inspeção Geral de Administração Interna”. Na sua opinião estas respostas são importantes para que a população e o país “saibam as decisões que foram tomadas e se algumas delas tiveram como consequência determinadas situações”.
Ainda no que diz respeito à prevenção é necessário haver um plano para o futuro, “mas um plano em que todos estejam unidos”, disse ainda Carlos Moedas.
Oitenta por cento do território ardeu, restam 20 % e aí a câmara irá continuar a “preservar, cuidar, proteger e a sensibilizar as pessoas. Se possível fazer algumas intervenções” para evitar o que aconteceu nos 80 % queimados. No que à autarquia compete “irá ser feito o que a lei permite”, terminou Vasco Estrela.
No alto da Caldeirinha, zona de demonstração de boas práticas florestais, Carlos Moedas plantou um sobreiro.
Rádio Condestável