A Liga dos Bombeiros Portugueses pediu hoje esclarecimentos ao ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, sobre o que pretende com a sua proposta de estabelecer um comando único para intervenção nas florestas, incluindo no mesmo saco, a prevenção, a vigilância, a detecção e o combate.
Os Bombeiros entendem que “não são pau para toda a obra”, mantém que querem continuar a desempenhar a tarefa que secularmente cumprem de combater os incêndios, defendendo pessoas e bens, e esperam que as outras entidades, a quem cabe as restantes tarefas, seja o ordenamento florestal, seja a prevenção, e tantas outras, o façam como lhes compete, o que não acontece.
Os Bombeiros entendem que o ministro “ensaia o sacudir da água do capote” sobre tarefas que competem ao seu ministério e aos seus serviços e que há muito não executam.
A Liga dos Bombeiros Portugueses lamenta que o ministro pretenda “atirar poeira para os olhos dos portugueses”, confundindo-os e demonstrando estar a eximir-se às responsabilidades pelas quais deve responder e não o faz.
Os Bombeiros, isso sim, defendem “um comando autónomo para a sua própria estrutura, cooperante mas independente da Autoridade Nacional da Proteção Civil”, a quem deverá apenas caber a coordenação, como acontece com todos os restantes agentes da proteção civil, INEM, GNR, PSP, Marinha, Exército, Força Aérea e outros.
LBP/Bombeiros.pt