Muitos fogos e ao mesmo tempo complicaram a quinta-feira aos 4600 operacionais no terreno. Sernancelhe e Mirandela no mapa das localidades aflitas.
Várias aldeias espalhadas pelo país estiveram na quinta-feira com o fogo à porta num dos dias “mais complicados” em termos de incêndios porque “houve muitos e ao mesmo tempo”, afirmou o segundo-comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes. Às 17 horas havia 325 incêndios ativos e até às 17.30 horas já tinham sido mobilizados 4600 operacionais.
Às 19.30 horas, quando a Proteção Civil fez o balanço do dia, havia ainda 15 incêndios que preocupavam e que mobilizavam 1700 operacionais, apoiados por 546 veículos e 16 meios aéreos. Mas às 22 horas havia registo de 239 fogos ativos.
André Fernandes adiantou que, do total dos incêndios do dia, 46 registaram-se entre a meia-noite e as 12 horas. “É sempre estranho ignições às 2, 3 ou 4 da manhã”, referiu, acrescentando que a simultaneidade dos fogos torna difícil a gestão do combate.
Bombeiros feridos e civil queimado com gravidade
Um sapador florestal e um bombeiro sofreram ferimentos ligeiros durante o combate a um fogo que lavrava desde a madrugada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em Porto de Mós. O incêndio entrou em fase de resolução às 20.40 horas.
Três elementos dos bombeiros voluntários de Mirandela tiveram de receber tratamento hospitalar devido a inalação de fumo no combate às chamas.
Uma bombeira da corporação do Fundão sofreu queimaduras no combate às chamas e foi transportada para o Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Covilhã, com ferimentos considerados ligeiros.
O segundo comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, disse que há a registar um ferido grave, um civil queimado, no fogo de Alijó.
Idosos retirados de casa
Sernancelhe foi uma das principais preocupações do dia. Várias aldeias estiveram ameaçadas pelo fogo que começou cerca das 12 horas. Ao início da madrugada desta sexta-feira, 300 operacionais combatiam no terreno. “O incêndio continua ativo, com aldeias na linha de progressão, nomeadamente Granjal e Penso”, disse ao JN o comandante distrital da Proteção Civil de Viseu, Miguel Ângelo.
Fonte: Jornal de Noticias (Sandra Ferreira e Fernando Pires com Glória Lopes, Francisco Pedro e Zulay Costa)