A Guarda Nacional Republicana (GNR) está a investigar se a carrinha que matou dois militares na noite desta terça-feira na Auto-estrada 23 foi roubada. O acidente causou ainda dois feridos graves que foram hospitalizados.
“Ainda é prematuro avançar com qualquer conclusão sobre o veículo e o indivíduo que era o condutor, (…) porque ainda estamos em fase de investigação”, disse à Lusa o chefe da Secção de Operações, Informações e Relações Públicas do Comando Territorial da GNR da Guarda, tenente-coronel Cunha Rasteiro.
A GNR “não descarta a hipótese” de a viatura ter sido roubada, pois o “condutor não tinha identificação pessoal nem do veículo”.
Os dois militares da GNR que morreram na terça-feira à noite (9 de Outubro) na A23 prestavam serviço no Destacamento de Trânsito da GNR da Guarda. O tenente-coronel Cunha Rasteiro adiantou que o acidente vitimou um guarda de 32 anos, de Vilar Formoso (Almeida), e um cabo com cerca de 30 anos, natural de Castro Daire (Viseu). Um segundo sargento da GNR, com cerca de 30 anos, da zona de Trancoso (Guarda), sofreu ferimentos graves.
Segundo o mesmo responsável, na noite desta terça-feira, “uma patrulha do destacamento de trânsito deslocou-se ao quilómetro 194 da A23 [Guarda/Torres Novas], onde lavrava um incêndio, para sinalizar o local, uma vez que as chamas estavam próximas da auto-estrada”.
Pelas 21h25, uma carrinha abalroou a viatura da GNR, “que estava devidamente estacionada na berma, bem sinalizada, com os ‘pirilampos’ ligados” no sentido Norte-Sul, na zona de Maçainhas, no concelho de Belmonte, entre o nó de Benespera e Belmonte/Norte, “para informar os automobilistas que utilizavam a via para terem redobrados cuidados” por causa do incêndio.
O acidente causou a morte a dois guardas da GNR e ferimentos graves a outro militar, que foi levado para o Hospital da Covilhã e depois para o Hospital da Universidade de Coimbra. Ficou também ferido o condutor da carrinha que está na origem da colisão – foi levado para o Hospital da Guarda e posteriormente também para o Hospital da Universidade de Coimbra.
Sinalização quilómetros antes
“As causas do acidente ainda estão por apurar e encontram-se ainda no local os Núcleos de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR de Castelo Branco e da Guarda para tentar reconstituir a situação e recolher o maior número de vestígios”, afirmou o tenente-coronel Cunha Rasteiro.
Quilómetros antes, acrescentou ainda, “estava uma outra viatura da GNR a sinalizar uma situação de perigo mais à frente, razão pela qual se torna ainda mais difícil de perceber em que circunstâncias ocorreu o acidente”.
A circulação na A23 reabriu nos dois sentidos desde as 4h45.
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco adiantou à Lusa que no local do acidente estiveram 56 bombeiros das corporações de Belmonte, Gonçalo, Guarda, Covilhã e Fundão, e veículos de desencarceramento, num total de 24 viaturas operacionais. Foi também enviado para o local um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Fonte: Público