
Buscas decorrem na Grande Lisboa e grande Porto, em hospitais e instituições oficiais, havendo duas buscas na Suíça
O ex-presidente do INEM Luís Cunha Ribeiro foi detido esta manhã por suspeitas de corrupção, no âmbito da “operação o -“. O médico é suspeito de corrupção passiva no âmbito de uma investigação relacionada com o negócio do plasma.
Em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais.
A PJ está a fazer mais de três dezenas de buscas pelo país, em casas e empresas, confirma a Procuradoria-geral da República em comunicado. “Quatro destas buscas decorrem em instituições e estabelecimentos oficiais relacionados com a área da saúde, incluindo no Ministério da Saúde e no INEM. Duas das buscas realizam-se em escritórios e locais de trabalho de advogados.”
As buscas decorrem na área da Grande Lisboa e do grande Porto, havendo duas buscas que têm lugar em território suíço.
No inquérito, investigam-se suspeitas de obtenção, por parte de uma empresa de produtos farmacêuticos de uma posição de monopólio no fornecimento de plasma humano inativado e de uma posição de domínio no fornecimento de hemoderivados a diversas instituições e serviços que integram o SNS.
O médico Luís Cunha Ribeiro foi, além de presidente do INEM, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, tendo-se demitido deste cargo na sequência do caso da morte do jovem David Duarte, 29 anos, nos Hospital de São José, com um aneurisma cerebral.
Há cerca de um ano, a 22 de dezembro, Cunha Ribeiro e e os administradores hospitalares de S. José e Santa Maria apresentaram a demissão em bloco, queixando-se dos cortes orçamentais e por não terem conseguido responder ao caso de David Duarte.
DN / Sofia Fonseca e Patrícia Jesus